Sinagoga Kahal Zur Israel celebra shabat e abre exposição inédita
Cerimônia marcou a abertura oficial da exposição que resgata a história dos 23 judeus que saíram do Recife para colonizar Nova Iorque
ASinagoga Kahal Zur Israel, localizada no bairro do Recife, realizou a Kabalat Shabat, cerimônia religiosa do calendário judaico que celebra o fim da semana, o sétimo dia sagrado que tem início no entardecer da sexta-feira (23) e se encerra no entardecer do sábado (24).
Segundo a tradição, este é um dia especial de instrospecção, em que os judeus saem da correria da semana para dedicar um tempo a eles, às famílias, amigos, à comunidade judaica. A celebração, cercada de significados religiosos para o povo judeu foi restrita a convidados da comunidade, autoridades do governo e políticos, e marcou a abertura oficial da exposição pioneira e inédita “De Recife para Nova York: essa história começou aqui”, sob a curadoria da historiadora paulista, Daniela Levy, que dirige o Centro de Estudos sobre Inquisição Anita Novinsky.
COMUNHÃO E REFLEXÃO
A abertura da cerimônia foi ciceroneada pela presidente da Federeção Israelita de Pernambuco, Sônia Sette, quesaudouatodospresentes e destacou a importância do evento para celebrar a comunhão com muitos momentos dereflexãosobreoquepropiciou a existência da Sinagoga Kahal Zur Israel e resgatar toda a história de luta dos 23 judeus que saíram do Recife rumo a Nova Amsterdã.
“É um fato histórico que diz respeito não só a comunidadejudaica,mastambém ao povo recifense e pernambucano e toda a sociedade mundial que merece conhecer esse capítulo”, considera.
CELEBRAÇÃO DO SHABAT
A celebração do Shabat foi feita pelo Rabino Dario Bialer e contou com a participação da cantora e compositora brasileira de origem judaica, Fortuna, e do Klezmer 3 Rios, grupo paulista de música judaica que busca dialogar contemporaneamente a errante sonoridade Klezmer do leste europeu, com elementos musicais da diáspora brasileira.
A Cônsul dos Estados Unidos,maybaptista,queesteve presentenaocasião,considerou, em tom emocionado, a honra em participar da cerimônica em nome de todos os amigos americanos e poder conhecer de perto a tradição da religiosidade judaica, das músicas e de saudar o grupo de judeus que migraram para os EUA. E destacou ainda que, esse ano, os EUA está celebrando os 200 anos das relações diplomáticas com o Brasil e essa noite foi uma forma de expressar e comemorar os laços de união que existe entre as duas nações.