De Recife para Nova Iorque
ABERTURA DA EXPOSIÇÃO
O Consulado dos Estados Unidos juntamente com o Instituto Golden Tree - entidade que tem o compromisso de investir sua visão de mundo, conhecimento e recursos financeiros com foco no fortalecimento da Comunidade Judaica, na ampliação da Inclusão Produtiva e nas Ações Assistenciais de alto impacto - são apoiadores da exposição “De Recife para Nova York: essa história começou aqui”, que será aberta ao público neste domingo (25), a partir das 14h, e ficará em cartaz na Sinagoga até o dia 30 de abril.
A mostra apresenta para o público o pioneirismo de um grupo de imigrantes na fundação do que seria a futura cidade de Nova York. São cerca de 37 imagens e objetos que destacam a chegada dos judeus na colônia holandesa no Brasil, a formação da comunidade judaica em Recife e seu grande desenvolvimento, a saída depois da reconquista portuguesa, a atribulada viagem para a América do Norte e a colonização de Nova York.
DO RECIFE PARA NOVA IORQUE
A montagem foi concebida especialmente para ocupar o espaço da Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira das Américas. O trabalho é baseado no livro de Daniela Levy, “De Recife para Manhattan: os judeus na formação de Nova York”, lançado em 2018 pela Editora Planeta. A obra é resultado de mais de 10 anos de pesquisas da historiadora em arquivos do Brasil, dos EUA e de Israel, e narra uma epopéia passada em 1654, onde um grupo com 23 judeus, entre homens, mulheres e crianças, deixaram a cidade do Recife em busca de uma nova terra. Após 24 anos de domínio holandês, Portugal recuperou a colônia da região de Pernambuco, expulsando os holandeses e judeus que lá haviam se estabelecido.
Os judeus de Recife mais uma vez foram obrigados a procurar um novo lar. Lançados ao mar, o destino os guiou para uma nova terra, repleta de perigos e desafios. Foi na luta pela sobrevivência que esses corajosos recifenses se tornaram pioneiros na colonização de Nova York. Colaboraram com o desenvolvimento, então incipiente, do comércio, com a organização inicial do mercado financeiro, a construção de modernos hospitais, a luta pela emancipação política, a formação de renomadas universidades e centros culturais. Os judeus do Brasil contribuíram muito para que Nova York fosse hoje a capital do mundo. Tanto é que a cidade ergueu um monumento aos chamados Jewish Pilgrim Fathers.
“É para contar esta história fascinante e pouco conhecida que não foi contada pelos livros tradicionais de História, que a exposição aportou no Recife”, revela a curadora Daniela Levy. O conteúdo impresso em tecido foi a forma definida para ocupar o edifício tombado com o mínimo de interferência possível e o máximo de atração para o público turístico que visita o centro e a Sinagoga.
KAHAL ZUR ISRAEL
A Kahal Zur Israel (Congregação Rochedo de Israel) foi a primeira sinagoga das Américas. Funcionou em Pernambuco durante o período de dominação holandesa (1630 a 1657) quando emigraram para o Recife judeus sefarditas de origem portuguesa, refugiados nos Países Baixos, que vieram para a então colônia holandesa atraídos pela liberdade de culto religioso, reinaugurada em 2002. A exposição contará com a sonorização de músicas da cantora e compositora Fortuna, uma brasileira de origem judaica.
A exposição “De Recife para Nova York: essa história começou aqui”, estará aberta de terça à sexta, das 9h às 17hs e aos domingos, das 14h às 18hs. O acesso é mediante o ingresso para visitação do museu, que estará com seu acervo habitual, no valor de R$ 40 inteira e R$ 20 meia entrada para estudantes, idosos, professores, pessoas com deficiência e acompanhante, policiais e doadores de sangue e medula óssea. Mais informações podem ser obtidas no (81) 98279-9802 ou através do e-mail: fipe. sec@israelita.org.br.