Jornal do Commercio

Contratada pela Compesa é multada em R$ 50 mil por desaguar esgoto sem tratamento em rio de Olinda

Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) constatou que órgão cometia infração ambiental

- KATARINA MORAES

AAgência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) multou a BRK Ambiental, parceira da Companhia Pernambuca­na de Saneamento (Compesa), em R$ 50 mil neste mês após constatar que o órgão despejava esgoto não tratado no Rio do Fragoso, em Olinda, no Grande Recife. A prática acontecia na Avenida México, no bairro de Rio Doce.

A CPRH tomou conhecimen­to da infração por meio de uma denúncia anônima feita em sua ouvidoria que dizia que a empresa vinha extravasan­do o esgoto dentro da Unidade de Elevatória de Esgoto EEJ-12, em Rio Doce, impactando pontos de coleta do efluente na comunidade. Ainda, que o efluenteer­adespejado­diretament­e nas redes de drenagem, em canais e no Rio Fragoso.

PROBLEMAS SANITÁRIOS

Por e-mail, o denunciant­e também apontou que os colaborado­res da Unidade da BRK e a comunidade circunvizi­nha vinham sofrendo a proliferaç­ãodeanimai­svetores de doenças que estavam impactando diretament­e na saúde deles desde 2021.

Então, técnicos da CPRH foram averiguar a denúncia ainda em 2023 na elevatória citada. A vistoria constatou o esgoto não tratado no coletor público da Compesa, o que configura uma infração ambiental.

A ação, segundo o órgão, contrariav­a a resolução 430/2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que diz que “os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados diretament­e nos corpos receptores após o devido tratamento”.

RESPOSTA DA BRK

Em nota, a BRK Ambiental

diz que “recebeu o auto de infração nº 24/2023 e prontament­e respondeu à CPRH em outubro de 2023. Na manifestaç­ão , foram evidenciad­as análises laboratori­ais realizadas pela BRK Ambiental que demonstrar­am que a empresa não foi causadora de poluição no local”.

“Desde 2013, o Programa

Cidade Saneada, em parceria com Compesa, investiu mais de R$2,6 bilhões para melhorar a coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolit­ana do Recife, aumentando os índices de disponibil­idade de esgotament­o sanitário de 27% para 42,8% da população atendida por água”, assegura a empresa.

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Ponto de lançamento de efluentes sanitários no canal da Avenida México, em Rio Doce

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