Jornal do Commercio

Valor pago pelos plantões extras das polícias de PE terá reajuste

Informação foi confirmada pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Ivanildo Cesar Torres, ao JC

- RAPHAEL GUERRA

Sete anos após o último reajuste, o valor pago aos policiais que participam do Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES) deve aumentar. O comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco, coronel Ivanildo Cesar Torres, confirmou que o assunto está em discussão.

“O grupo de trabalho ainda está avaliando mudanças para o PJES e está em pauta, sim, o aumento do valor pago. Mas ainda não foi definido qual será”, afirmou, em entrevista ao JC.

O grupo de trabalho foi criado pela Secretaria de Defesa Social (SDS), em dezembro do ano passado, para discutir mudanças nos plantões extras que são realizados pelos profission­ais da segurança nos dias de folga.

Na teoria, os policiais precisam se apresentar voluntaria­mente para participaç­ão no PJES. Mas, por causa do déficit de efetivo, eles contam que muitas vezes são pressionad­os a aderirem aos plantões extras. Além disso, policiais reclamam do atraso nos pagamentos pelos serviços prestados.

O PJES foi instituído por decreto em 1999, pelo então governador Jarbas Vasconcelo­s, como forma de ampliar o número de policiais nas ruas e nas delegacias.

Em Pernambuco, o Portal da Transparên­cia prevê um mínimo de 27 mil policiais militares. Mas só há pouco mais de 16 mil na ativa. Há déficit em todas as operativas, como Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Científica.

O mais recente decreto estadual com alterações no PJES é do ano de 2012, por isso a necessidad­e de mudanças.

VALORES

O último reajuste de valores aconteceu em 2017, quando os praças (soldados, cabos, sargentos e subtenente­s) e agentes da Polícia Civil passaram a receber R$ 200 para cada plantão de 12 horas. Antes era R$ 120.

Para quem faz policiamen­to a pé nas ruas (praças, basicament­e), o plantão previsto em decreto é de oito horas.

Já os oficiais (tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis), delegados e peritos criminais passaram a receber R$ 300 (antes era R$ 270). Quase sete anos depois, os valores seguem os mesmos.

EXTINÇÃO DAS FAIXAS SALARIAIS

Além das mudanças no PJES, que vão atingir todos os profission­ais da segurança pública de

Pernambuco, os policiais e bombeiros militares também comemorara­m o anúncio do fim das faixas salariais.

A governador­a Raquel Lyra anunciou o envio à Assembleia Legislativ­a de Pernambuco, na segunda-feira, do projeto de lei que reestrutur­a a carreira dos militares do Estado.

Caso seja aprovada, a extinção progressiv­a das faixas, entre junho de 2024 e junho de 2026, refletirá num aumento do salário médio da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Na proposta, o valor do soldo inicial para a base da carreira (soldados da faixa “A”) passará já em junho de R$ 3.419,88 para R$ 4.406,41. A partir de 2026, quando se conclui o processo, o valor inicial da carreira em Pernambuco passará a ser de R$ 5.617,92.

Além da extinção progressiv­a das faixas, há previsão de reajustes progressiv­os anuais no valor dos soldos.

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PMPE/DIVULGAÇÃO Por causa do baixo efetivo, policiais militares precisam aderir aos PJES

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