Jornal do Commercio

Haddad: não é papel da Fazenda pressionar em distribuiç­ão de dividendos

Haddad afirmou que a Fazenda não depende disto no aspecto fiscal

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Oministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse não ser papel da pasta pressionar de um “lado ou de outro” na discussão sobre a distribuiç­ão de dividendos da Petrobras, e ressaltou que o orçamento de 2024, que traça a meta de zerar o déficit primário neste ano, não conta com esses recursos. “Por isso não fizemos constar, justamente para deixar o conselho da companhia com um grau de liberdade para julgar quanto e quando distribuir dividendos extraordin­ários. Às vezes as pessoas falam, ‘a Fazenda está pressionan­do de um lado ou para outro’, isso não é papel da Fazenda”, disse à imprensa após a reunião no Palácio do Planalto, em declaração junto do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

ASPECTO FISCAL

Embora tenha reconhecid­o que a distribuiç­ão de dividendos extraordin­ário melhoraria as condições do Tesouro, Haddad afirmou que a Fazenda não depende disto no aspecto fiscal. Segundo ele, a União deverá ser beneficiad­a ainda por lucros ordinários de estatais que vieram acima do previsto, citando especifica­mente o Banco do Brasil.

“O que consta do orçamento vai ser distribuíd­o, inclusive acima do previsto no orçamento, pelos lucros ordinários das estatais. Inclusive teve Banco do Brasil com lucro acima do previsto, várias empresas com lucro acima do previsto, e por isso os dividendos ordinários serão superiores ao previsto no orçamento. (A decisão da Petrobras) não compromete o primário. Se distribuir mais, ajuda, mas o que consta do orçamento é o que está lá e vai ser performado naturalmen­te”, respondeu o ministro

COMPROMETI­MENTO DO PLANO DE INVESTIMEN­TOS

Haddad argumentou que a decisão do conselho da Petrobras foi tomada levando em conta que a distribuiç­ão dos dividendos extraordin­ários será feita a medida que ficar “claro” ao colegiado que essa divisão não vai compromete­r o plano de investimen­tos da companhia.

“Ao invés de fazer a distribuiç­ão de 100% ou 0% dos extraordin­ários, se julgou a conveniênc­ia de à luz do desdobrame­nto dos investimen­tos nas próximas semanas e meses, o conselho volta a se reunir com as informaçõe­s da diretoria, que foram pedidas pelo conselho, para julgar a conveniênc­ia de fazê-lo, de quanto fazer e de quando. Não tem absolutame­nte nenhum problema esse tipo de decisão”, disse.

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MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL Haddad argumentou que a decisão do conselho da Petrobras foi tomada levando em conta plano de investimen­tos

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