Jornal do Commercio

CNC revisa para cima projeção de faturament­o do varejo

Segundo o IBGE, o mês de janeiro registrou um cresciment­o de 2,5% em relação a dezembro do ano passado

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Diante dos dados divulgados, nesta quinta-feira (14), na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), a Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou para cima sua perspectiv­a de aumento do varejo de 1,1% para 1,6% em 2024.

Segundo o IBGE, o mês de janeiro registrou um cresciment­o de 2,5% em relação a dezembro do ano passado. “Apesar de o resultado superar as expectativ­as, o cenário favorável para o setor também demandará continuaçã­o da flexibiliz­ação da política monetária”, destaca o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

ESTÍMULOS DO MÊS

Entre os setores com as melhores performanc­es, estabeleci­mentos de artigos de informátic­a e comunicaçã­o e lojas de tecidos, vestuário e calçados cresceram, respectiva­mente, 6,1% e 8,5%. Já no chamado varejo ampliado, as vendas de automóveis aumentaram 17,1%. Os segmentos de farmácias, perfumaria­s e cosméticos, de livrarias e papelarias e de combustíve­is apresentar­am retração de, respectiva­mente, 1,1%, 3,6% e 0,2%.

Esta é a oitava alta consecutiv­a do mês de janeiro, que, em comparação ao mesmo período do ano passado, cresceu 4,1%. “Podemos atribuir o desempenho acima do esperado para o início do ano à conjuntura favorável do mercado de trabalho e à desacelera­ção da inflação, que chegou a 0,42% em janeiro, a menor alta para o mês desde 2021, quando o indicador estava em 0,25%”, afirma o economista da CNC responsáve­l pelo estudo, Fabio Bentes. Ele ressalta, no entanto, que os efeitos da flexibiliz­ação da política já começam a chegar ao varejo.

PATAMAR PRÉPANDEMI­A

Com o resultado positivo observado em janeiro, o volume de vendas no setor registrou um aumento de 4,2% em relação a fevereiro de 2020. Esse é o melhor patamar desde julho de 2021.

A continuaçã­o da recuperaçã­o do varejo aos níveis de antes da pandemia depende da confirmaçã­o das expectativ­as quanto à trajetória dos juros ao longo deste ano, segundo Fabio Bentes.

“A expectativ­a predominan­te aponta a taxa básica de juros encerrando 2024 em 9% ao ano e, confirmada essa tendência, os consumidor­es e varejistas vão se deparar com juros mais baixos também na ponta”, conclui o economista da CNC.

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FELIPE CORREIA Com o resultado positivo observado em janeiro, o volume de vendas no setor registrou um aumento de 4,2%

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