Jornal do Commercio

Comandante do Exército ameaçou Bolsonaro com voz de prisão

- ROMOALDO DE SOUZA Correspond­ente do SJCC em Brasília romoaldode­souza@radiojorna­l.com.br

“TEJE PRESO”

Faltou pouco para que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) saísse algemado de dentro do Palácio da Alvorada, residência oficial. A informação foi dada à Polícia Federal pelo tenentebri­gadeiro do ar Carlos Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutic­a. “Depois de o presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrátic­o, por meio de alguns institutos previstosn­a Constituiç­ão (GLO ou estado de defesa ou estado de sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o presidente da República”.

O OUTRO LADO

Diante do delegado Carlos Henrique Pinheiro de Melo, chefe da operação Tempus Veritatis, o expresiden­te Bolsonaro “respondeu que está ciente e compreende­u os direitos que possui para a prática deste ato; que se reserva ao direito constituci­onal de se manter em silêncio; que, por ocasião deste ato, promove a entrega de uma petição, a partir da qual também manifesta o direito ao silêncio”. Fim do depoimento do político que falava pelo cotovelos.

SEM TETO, SEM PROCESSO

Finalmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu a Procurador­ia-geral da República e leu os argumentos da defesa para chegar à conclusão de que o morador de rua Geraldo Filipe da Silva não teve nenhuma participaç­ão nos atos de 8 de janeiro, a não ser quando foi confundido pelos bolsonaris­tas que o viram como um “infiltrado”. É que apesar de sobrenome poderoso, o sem teto não teve, no início do processo, advogado de peso.

A FRASE DO DIA

“O mundo não percebeu que [Vladimir] Putin é um Hitler com novas tecnologia­s”’, Svetlana Aleksiévit­ch, prêmio Nobel de Literatura, 2015.

PENSE NISSO!

As eleições na Venezuela, marcadas para julho tendem a ser a farsa democrátic­a de que políticos como o presidente Lula da Silva (PT) gosta de passar pano.

Já não é de hoje que Maria Corina Machado, principal opositora do presidente Nicolás Maduro, tem apelado ao presidente brasileiro, amigo do ditador, para que “tenha uma postura firme” e não dê “aval” às ações “autocratas” do líder venezuelan­o.

À Veja, Corina disse que o apelo a Lula não se dá somente “por ele ser referência na política da América Latina, mas também porque o Brasil tem responsabi­lidade sobre a estabilida­de na região. Um tremor na Venezuela transborda as fronteiras”, disse.

Na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o chanceler Mauro Vieira disse que “O que queremos e nos preocupa muito é apoiar para que haja eleições justas”. O presidente Lula continuam de bico calado.

Pense nisso!

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Bolsonaro e o general Freire Gomes
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Presidente da Rússia, Vladimir Putin
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