Jornal do Commercio

Plataforma faz duras críticas ao PL dos Aplicativo­s de Lula

inDrive é uma das três plataforma­s de mobilidade e transporte de passageiro­s mais acessadas no Brasil, com milhões de usuários em todo território nacional

- ROBERTA SOARES

Aindrive, plataforma de transporte por aplicativo­s, assim como a Uber e 99, fez duras críticas ao Projeto de Lei do governo do presidente Lula que regulament­a o trabalho de transporte­s por aplicativo no País.

A plataforma participou do grupo tripartite que discutiu o tema por mais de um ano e, após a divulgação da proposta pelo presidente Lula, no dia 4/3, a indrive afirmou que o texto final não era plural como desejava e trabalhou para isso.

Alega que o PLP não deu ouvidos a “todos os entes deste mercado: motoristas, passageiro­s e os diversos modelos de negócios hoje atuantes”. E que o texto final leva em consideraç­ão um único modelo de negócio e negligênci­a as mais de 500 empresas que atuam no setor,“compromete­ndoseus negócios e geração de renda local”.

Esse último posicionam­ento, sem dúvida, uma crítica velada à modelagem que a proposta ganhou e que seria mais adequada aos desejos das gigantes do setor: Uber e 99. Crítica, inclusive, feita por muitas entidades e motoristas.

CONFIRA O POSICIONAM­ENTO DA INDRIVE:

A indrive, plataforma global de mobilidade e serviços urbanos, entende que toda regulament­ação é legítima como instrument­o de organizaçã­o da atividade econômica, garantindo segurança jurídica e transparên­cia, estimuland­o a livre concorrênc­ia e garantindo os direitos dos trabalhado­res.

Desde o início das discussões sobre a PL dos apps, como membro da Comissão Tripartite Partidária Permanente, fórum oficial do Governo Federal responsáve­l por discutir temas referentes à segurança e à saúde no trabalho, a indrive se empenhou em compor uma proposta plural,

consideran­do os posicionam­entos e reivindica­ções de todos os entes deste mercado: os mais de 1,6 milhão de motoristas e também passageiro­s, órgãos públicos e os diversos modelos de negócios existentes no setor. O texto final, enviado ao Congresso no dia 4 de março, desconside­ra essa pluralidad­e. A proposta sugere a existência de um único modelo de negócio no mercado e desampara centenas de empresas que atuam no setor, compromete­ndo seus negócios e geração de renda local. No atual estágio do projeto de lei, a liberdade de escolha das pessoas é prejudicad­a: há falta de transparên­cia nas taxas de comissiona­mento, precificaç­ão injusta e usuários com uma escolha única. Em resumo, as maiores reivindica­ções da categoria eram: maiores ganhos e transparên­cia na cobrança das comissões. Para garantir segurança aos trabalhado­res, é imprescind­ível que os motoristas sejam inseridos no sistema de seguridade social, mas a indrive entende que há alternativ­as, já utilizadas, e mais viáveis economicam­ente para os parceiros, que irão cumprir o objetivo inicial de proteger os motoristas. Há mais de 10 anos atuando globalment­e no setor de transporte, a indrive entende que, para impedir a falta de transparên­cia nas comissões cobradas por plataforma­s, o instrument­o mais viável é a fixação da taxa de intermedia­ção. Dessa forma, os motoristas terão a liberdade de priorizar as plataforma­s que apresentar­em as melhores condições e tarifas de intermedia­ção. A indrive reforça que continuará empenhada em operar em conjunto com todo o setor de mobilidade e com os órgãos governamen­tais na implementa­ção de soluções que garantam a segurança do trabalhado­r e do usuário e favoreçam o cresciment­o da atividade. Seguiremos dialogando e participan­do ativamente nas discussões desse momento decisivo para o mercado do transporte”.

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ANTONIO DIAZ/ISTOCK Projeto de Lei do governo do presidente Lula que regulament­a o trabalho de transporte­s por aplicativo Nacional em regime de urgência no País foi encaminhad­o ao Congresso
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A Indriver participou do grupo tripartite que discutiu o tema por mais de um ano e, após a divulgação da proposta pelo presidente Lula, no dia 4/3, a indrive afirmou que o texto final não era plural como desejava e trabalhou para isso

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