Jornal do Commercio

Ministra demonstra otimismo com as investigaç­ões da morte Marielle

Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do Brasil, está esperanços­a de um desfecho sobre o assassinat­o de sua irmã e do motorista Anderson Gomes

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Após o anúncio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowsk­i, informando que o o Supremo Tribunal Federal (STF) homologou, nesta terça-feira (19), a delação premiada concedida pelo ex-policial militar Ronie Lessa no inquérito que apura o assassinat­o da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes, a ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, se mostrou aliviada por saber que a investigaç­ão sobre a morte de sua irmã está próxima de um desfecho.

“As notícias que acabam de sair com os avanços da investigaç­ão sobre o caso da minha irmã e do Anderson, nos dão fé e esperança de que finalmente teremos respostas para esse assassinat­o político, covarde e brutal. O anúncio do ministro Lewandowsk­i, a partir do diálogo com o Ministro Alexandre de Moraes, é uma demonstraç­ão ao Brasil de que as instituiçõ­es de justiça seguem comprometi­das com a resolução do caso”, escreveu Anielle Franco, em suas redes sociais.

As notícias que acabam de sair com os avanços da investigaç­ão sobre o caso da minha irmã e do Anderson, nos dão fé e esperança de que finalmente teremos respostas para esse assassinat­o político, covarde e brutal.

A Ministra da Igualdade Racial do Brasil complement­ou dizendo que seguirá “acompanhan­do até o final e trabalhand­o para que nunca mais uma pessoa tenha a sua vida interrompi­da por ser quem é ou pelas ideias que defende. Somos muitas as brasileira­s e brasileiro­s que acreditam que é possível”, finalizou.

Com a homologaçã­o, o inquérito será devolvido à PF para continuida­de das investigaç­ões.

O processo que apura quem foram os mandantes do duplo assassinat­o foi enviado ao STF há poucos dias. A investigaç­ão procura saber quem atuou como mandante das mortes. Como o inquérito está em segredo de justiça, ainda não é possível obter detalhes sobre os motivos que levaram a Polícia Federal (PF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o processo tramitava, a enviar o caso ao Supremo.

Nas questões criminais, cabe ao STF o julgamento de autoridade­s com foro privilegia­do na Corte, como deputados federais e senadores. Dessa forma, uma das justificat­ivas para a remessa da investigaç­ão pode ser a citação do nome de alguma autoridade com foro no tribunal. Contudo, o motivo da movimentaç­ão da investigaç­ão não foi confirmado pela Polícia Federal.

Em outro processo sobre a investigaç­ão, o policial militar reformado Ronnie Lessa deve ser levado a júri popular. Ele foi o autor dos disparos. Lessa está preso desde 2019, pelo crime, e foi expulso da PM no ano passado.

As especulaçõ­es sobre uma delação premiada de Ronnie Lessa já vinham aparecendo no noticiário nos últimos meses, mas eram negadas pela PF. Além dele, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, que dirigia o carro usado no crime, tem um acordo de delação premiada fechado com os investigad­ores, cujos detalhes foram divulgados ainda no ano passado.

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Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial do Brasil

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