Jornal do Commercio

Paixão de Cristo do Recife atraiu 15 mil pessoas ao Marco Zero

Com abordagens e cenários contemporâ­neos, “Paixão de Cristo do Recife: Jesus, a Luz do Mundo” emocionou o público

- EMANNUEL BENTO

Cerca de 15 mil pessoas prestigiar­am a “Paixão de Cristo do Recife: Jesus, a Luz do Mundo” durante o feriadão da Semana Santa, com uma média de 5 mil espectador­es por dia. O espetáculo ao ar livre foi realizado na praça Marco Zero, no Bairro do Recife, na sexta-feira (29) ao domingo (31), sempre a partir das 18h.

Com 50 atores e 80 figurantes, a 26ª edição do espetáculo reafirmou o compromiss­o com temas atuais e urgentes, que atravessam e desafiam a humanidade a rever preconceit­os e valores.

Com uma hora e quarenta minutos de duração, a montagem também apostou em cenários modernos e não realistas, com alicerces à mostra, feitos com estruturas metálicas de até cinco metros de altura.

Com realização da Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe), o roteiro e a direção foram de Carlos Carvalho.

PÚBLICO SE EMOCIONOU COM ESPETÁCULO

A aposentada Claudete de Souza, de 70 anos, se sentiu tocada com a peça ao livre. “Eu achei o espetáculo muito lindo, porque nunca foi semelhante à forma como hoje foi. Me emocionei com o final, quando Jesus apareceu deitado, mas depois aparece do outro lado do palco. Normalment­e choro muito, venho todo ano.”

A analista jurídica Priscila Dias ressaltou o aspecto atual da obra. “O espetáculo foi maravilhos­o, trazendo a mensagem tradiciona­l do evangelho, mas também temas contemporâ­neos, né? Eu me senti muito emocionada com várias falas políticas, sociais.”

‘TEATRO É UM CULTO’, DIZ ATOR DE JESUS

“Nada melhor do que repetir a palavra da verdade, a palavra da compaixão, a palavra do amor, a palavra da união, da solidaried­ade e da comunhão”, disse o ator Asaías Rodrigues (Zaza), que vive Jesus pelo terceiro ano consecutiv­o.

“Esse é o meu maior sentimento: de vitória, de orgulho e de gratidão às pessoas que ainda acreditam no nosso senhor Jesus Cristo, que acreditam na arte. Gratidão também à toda equipe, ao José Pimentel e ao Paulo de Castro por acreditare­m ainda nesta linguagem que é o teatro. É uma linguagem que vem da religião.”

O artista encerrou ressaltand­o que o “teatro é um culto”. “Nós que estamos em cena somos espécie de sacerdotes. Canalizamo­s a palavra do amor para repassar para as pessoas, então gente é só gratidão imensa.”

‘MULHER QUE FOI MAIOR EXEMPLO DE FORÇA’

“Representa­r Maria é a maior honra e a maior é alegria que uma atriz pode ter. É você pegar o seu corpo para dar vida à mulher que foi o maior exemplo de força, de determinaç­ão e de resiliênci­a na história da humanidade, que gerou o nosso Cristo”, diz a mineira Brenda Lígia, que vive Maria.

A história da Paixão também contou com outras vozes e rostos da cena teatral local, como Albemar Araújo, no papel de Herodes; Douglas Duan, como Caifás; Flávio Renovatto, como João Batista; Júnior Aguiar, no papel de Judas; além de Normando Roberto e Carlos Lira, que viverão Pilatos e Anás. Também subiram ao palco alunos de cursos de teatro da cidade e 20 bailarinos do grupo Bacnaré.

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HANS VON MANTEUFFEL/DIVULGAÇÃO edição da Paixão de Cristo do Recife, no Marco Zero
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edição da Paixão de Cristo do Recife, no Marco Zero
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edição da Paixão de Cristo do Recife, no Marco Zero

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