Familiares de vítimas lamentam perdas
FAMILIARES LAMENTAM PERDAS
Entre as vítimas, das mais novas às mais velhas, muitas se conheciam, cresceram juntas e participavam da mesma Paróquia. Tereza, por exemplo, estava há 20 anos na Igreja, fundou a Pastoral da Criança e atuava na erradicação da desnutrição infantil, se doando para ajudar os mais vulneráveis.
Ela com a neta, de 8 anos, que está em estado grave no HR. Abalados, os parentes não quiseram gravar entrevistas.
Outra pessoa atingida foi o idoso Amaury João de Lima, de 68 anos. Ele era católico fiel e participava de diversas celebrações. O filho e a nora estavam no trio cantando, tocando e puxando a procissão, e viram tudo.
Jéssica também costumava participar das celebrações católicas no bairro. O irmão, Jean Vinicius, ainda tentou socorrê-la, sem sucesso. “Corremos para ver e ela estava lá, embaixo do carro. A gente conseguiu levantar, tirou quem estava embaixo do carro, tentou ajudar. Ela passou a semana todinha indo [para o evento] de manhã, tarde e de noite.
Ela era uma pessoa incrível. Muito especial na minha vida”, disse.
Edson Maurício Barbosa, de 52 anos, deixou a esposa, com quem conviveu por 29 anos, e 4 filhos, que também estavam na procissão. A esposa, Geane Alves, denunciou a situação dos micro-ônibus de Jaboatão, enquanto sofre a perda do companheiro.
“São horríveis esses micro-ônibus. Cadeiras quebradas, tudo acabado, não tem cobrador e o motorista não respeita”. Ele era um bom marido, um bom pai, bom companheiro e bom amigo. Costumava frequentar a missa”, lamentou.