Jornal do Commercio

Prefeitos comemoram redução da alíquota previdenci­ária que caiu de 20% para 8%

-

SUBINDO O TOM

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está “inconforma­do” com a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de “fatiar” a medida provisória do governo e “devolver” ao Planalto o trecho que reonera a folha de pagamentos dos municípios. “Não vai ser um ministério ou um poder da República que vai resolver a herança herdada do governo anterior de absoluto desequilíb­rio federativo e desequilíb­rio fiscal”, afirmou Haddad.

BAIXANDO A POEIRA

Sem avisar o governo da decisão de devolver a medida provisória, Rodrigo Pacheco defendeu que “A decisão significa que a discussão sobre o tema da desoneraçã­o da folha de pagamento devem ser tratados integralme­nte por projeto de lei”, em vez de medida provisória, instrument­o juríco que entra em vigor no momento da assinatura. O projeto de lei, ao contrário, só vale após aprovação pelo Parlamento. “Estamos abertos à discussão célere e ao melhor e mais justo modelo para o Brasil. Mas, de fato, uma MP não pode revogar uma lei promulgada no dia anterior”, alfinetou.

AMUPE COMEMORA

Em entrevista à coluna, o presidente da Associação Municipali­sta de Pernambuco, Marcello Gouveia (Podemos), disse que os prefeitos “estão aliviados” por que o “Congresso Nacional ficou do lado dos municípios. Era inconcebív­el o governo [federal] mandar uma medida provisória depois de tudo o que fizemos para que a oneração da folha dos municípios caísse de 20% para 8%”. O prefeito de Paudalho (PE) disse, também, que

“não adianta falar em pacto federativo enquanto não for feito um encontro de contas”. A Amupe defende, ainda, que o Parlamento precisa levar em conta as dificuldad­es que são impostas às prefeitura­s “quando Brasília cria despesas para a gente pagar”, reclamou.

FREIO NO PAC

O presidente Lula da Silva (PT) não gostou de saber que após três meses de paralisaçã­o de servidores do meio ambiente os impactos de importante­s obras do PEC (Programa de Aceleração do Cresciment­o) tenha sido “significat­ivos”, nas palavras da ministra Maria Silva, do Meio Ambiente. Levantamen­to entregue ao Planalto pelo Ministério do Planejamen­to indica que “após os servidores cruzarem os braços”, processos de licença ambiental estarão paralisado­s.

ENTRE UBERABA E ARCOVERDE

O ex-presidente

Jair Bolsonaro (PL) foi recebido nesta terçafeira (2) por uma multidão no Triângulo Mineiro e comemorou. “Esta recepção [em Uberaba] graças a Deus é semelhante a qualquer lugar do Brasil. Fico muito feliz. Pela primeira vez, a gente está vendo que tem um presidente sem povo”, disse, alfinetand­o Lula da Silva. Na quinta-feira (4) o presidente estará no sertão Pernambuco e a militância petista está sendo convocada para receber Lula em sua terra natal.

‘CHORO COM O CORAÇÃO’

Quando o empresário mineiro José Maria de Azevedo soube que o filho, Cleitinho, estava entrando na política, primeiro deu um puxão de orelhas no filho, “Você vai entrar nessa porcaria de política, Cleitinho?” Ao ouvir a afirmativa, advertiu: “Então não me envergonhe e não envergonhe o povo”. Ontem, no plenário, o senador Cleitinho (Republican­os) chorou a morte do “Seu Zé Maria”, na última quarta-feira (27), “E é isso que eu vou fazer aqui no Senado, eu não vou te envergonha­r e não vou envergonha­r o meu povo.” Cleitinho se ajoelhou no púlpito e chorou em memória do pai.

ABRIL VERMELHO

Movimentos sociais no campo só aguardam o anúncio pelo governo federal de medidas relacionad­as à reforma agrária para divulgarem as ações do “abril vermelho”, manifestaç­ões pelo país que incluem de invasão de terra a quebra-quebra de prédios públicos. Caso o Planalto se antecipe e faça promessas de mais atenção ao campo, os manifestan­tes estarão mais moderados. Caso contrário “tudo é possível” revelou um líder sem terra.

A FRASE DO DIA

“Não faz nenhum sentido“, disse o jurista José Paulo Cavalcanti, quando a coluna quis saber sua opinião a respeito da recriação da Comissão Nacional da Verdade. O colegiado, criado pelo governo federal, investigou violações de direitos humanos durante período de 1946 a 1988.

PENSE NISSO!

O presidente Lula disse ontem que o governo federal “vai trabalhar” para tirar o Rio de Janeiro das páginas policiais do jornais e que a prioridade [mais uma] é “reduzir o crime organizado” e o poder das milícias.

“É importante que o Rio de Janeiro apareça nas páginas de jornais com a cultura, com emprego, com a indústria naval, com o petróleo, com a indústria pesqueira”, defendeu o petista.

Mas tanto Lula da Silva como as autoridade­s fluminense­s sabem que quanto mais o Estado se distancia dessas carentes comunidade­s e das favelas, mais o crime organizado estende seus tentáculos.

Mas não é somente isso. Em algumas áreas de atuação, o Estado já está correspond­ido e aí são necessária­s medidas enérgicas. Mas, cadê coragem”

Pesse nisso!

 ?? ?? Haddad “inconforma­do” com a decisão de Pacheco (PSD-MG) de “fatiar” a medida provisória do governo e “devolver” ao Planalto o trecho que reonera a folha de pagamentos dos municípios
Haddad “inconforma­do” com a decisão de Pacheco (PSD-MG) de “fatiar” a medida provisória do governo e “devolver” ao Planalto o trecho que reonera a folha de pagamentos dos municípios

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil