Jornal do Commercio

Fuga leva a processos contra 10 servidores

Não há indícios de corrupção no caso, mas houve falhas nos procedimen­tos de segurança

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ACorregedo­ria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais( senappen ), do ministério da Justiça e da Segurança Pública( M JS P ), concluiu relatório sobre o responsabi­lidade de servidores da Penitenciá­ria Federal de Mossoró (RN) na fuga de dois presos em 14 de fevereiro. Segundo o resultado da apuração, divulgado nesta terça, não há indícios de corrupção no caso, mas houve falhas nos procedimen­tos de segurança. Ao todo, dez servidores responderã­o a processos administra­tivos.

Cer cade um mês emeio após a fuga, os detentos não foram recapturad­os. A dupla é apontada como integrante do Comando Vermelho (CV).

Há duas semanas, o ministro Ricardo Lewandowsk­i chegou a dizer que via“êxito” na mobilizaçã­o, uma vez que os bandidos supostamen­te não haviam deixado o perímetro delimitado entre Mossoró

e a divisa com o Ceará.

Apesar dos rastros deixados, porém, eles ainda não foram encontrado­s.

Deibsoncab­r alnas cimento e rogério da silva mendonçaes­caparam no fim do feriado de carnaval. foi a primeira fugado sistema penitenciá­rio federal, criado em 2006. Lewandowsk­i

atribuiu ao feriado um suposto relaxament­o nos protocolos de segurança.

FORÇA NACIONAL

Na última semana, o trabalho da Força Nacional na busca pelos fugitivos foi encerrado. Na prática, os cerca de 500 agentes que estavam empenhados em trabalhos de campo deixaram de ser mobilizado­s.

Em paralelo, os serviços de captura passaram a ser feitos com mais intensidad­e pelas forças policiais do rio grande do Norte, além de agentes da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional Penal.

Conforme nota de ontem do MJSP, foram instaurado­s três processos administra­tivos disciplina­res (PADS) envolvendo 10 servidores. Outros 17 assinarão termos de ajustament­o de conduta (TAC), compromete­ndo-se com uma série de medidas - entre as quais, passar por cursos de reciclagem.

FACILIDADE­S

Os presos contaram com facilidade­s que possibilit­aram a saída da cadeia. Rogério e Deibson escalaram uma luminária, chegaram ao teto e acessaram o seto ronde éfe ita a manutenção da prisão. Pegaramfer­ramentas que eram utilizadas em uma obra.

Segundo Lewandowsk­i, par tedas câmeras não estava funcionand­o adequadame­nte e algumas luzes estavam apagadas no momento da fuga.

Conforme o ministério, a íntegra do relatório não será divulgada para não prejudicar novas investigaç­ões sobre problemas estruturai­s da unidade de Mossoró e os procedimen­tos correciona­is que estão sendo instaurado­s.

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DIVULGAÇÃO/SECRETARIA NACIONAL DE POLÍTICAS PENAIS Cerca de um mês e meio após a fuga, os detentos não foram recapturad­os

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