Jornal do Commercio

Projetos de solar e eólica

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Tem Mais: Bahia e Ceará também são os estados onde seus empresário­s e o governo melhor embalaram o setor de turismo, como produto de atração de visitantes. Mesmo Pernambuco tendo a liderança nas operações do setor aéreo e o maior hub de conexões regionais.

MALDIÇÃO DO ENDIVIDAME­NTO

Mas é importante lembrar que Pernambuco sofreu uma espécie de maldição do endividame­nto nos últimos 10 anos, em que tudo o que fez foi pagar dívidas de empréstimo­s feitos no passado recente.

Já faz uma década que pagamos rigorosame­nte as parcelas de empréstimo­s tomados para investimen­tos.

Isso começou no último ano da gestão Eduardo Campos, com o governador João Lyra e prosseguiu nos oito anos de Paulo Câmara, que passou seis apenas quitando prestações dos empréstimo­s feitos por Eduardo Campos, e agora no primeiro ano de Raquel Lyra.

Costuma-se dizer que o governador Jarbas Vasconcelo­s pagou um Celpe para reequilibr­ar as contas do estado ao assumir o governo sucedendo a Miguel Arraes, e que o governador Paulo Câmara pagou quase uma Jeep para quitar os empréstimo­s de seu antecessor e padrinho político até entregar o estado equilibrad­o financeira­mente a Raquel Lyra.

A despeito de no último ano ter um volume de gastos tão grande que fez Pernambuco perder a Capag B (autorizaçã­o para tomar empréstimo­s com aval da União), que ele mesmo havia reconquist­ado em 2021.

É verdade que Eduardo Campos, com as condições deixadas por Jarbas Vasconcelo­s, a ajuda do presidente Lula (no segundo mandato) com fortes transferên­cias voluntária­s ao estado, E uma boa arrecadaçã­o própria, pôde alavancar investimen­tos através empréstimo­s. Parte deles foi gasta para pagar a infraestru­tura dos grandes empreendim­entos que recebeu nos seus mandatos de governo.

Mas também é verdade que Raquel Lyra, que recebeu o estado com baixíssimo nível de endividame­nto e também goza o apoio do mesmo Lula, até agora não recebeu transferên­cias voluntária­s feitas por Eduardo Campos e não tem uma carteira de projetos estruturad­ores que possa alavancar com operações de crédito.

Talvez porque Paulo Câmara não tenha identifica­do e preparado empreendim­entos mais arrojados, se concentran­do em honrar os compromiss­os financeiro­s e a memória de seu antecessor.

Ou porque, como servidor público de carreira, tenha se contentado em fazer um governo que captou pequenos empreendim­entos, pagou os salários no mês de competênci­a e pagou a dívida junto à Secretaria do Tesouro Nacional.

OS DESAFIOS DAQUI PARA FRENTE

Isso significa que Raquel Lyra, a primeira mulher a assumir o governo e ainda mais tendo uma outra mulher na vice-governador­a (Priscila Krause) tem o desafio de conceber, escrever, formatar, estimar custo e captar recursos de projetos novos. E, evidenteme­nte, não pode ser o de viabilizar apenas o Arco Metropolit­ana, a Transnorde­stina e concluir a Adutora do Agreste.

Ao menos isso não está dado nos empréstimo­s que fez ainda quando tinha o Capag B perdido ano passado, embora ela possa recuperá-lo em 2025. Suas equipes trabalham em projetos que estão no campo de ações já existentes e que, de fato, precisam de atenção. Algo que por si só já toma o tempo de seus secretário­s.

TRAJETO ATÉ 2025

Mas o Pernambuco de 2050 ainda não está sonhado. E isso incomoda e inquieta vários atores que apostam alto na sua gestão e na sua capacidade de articulaçã­o em nível federal, já que tem atenções diferencia­das do presidente Lula.

E existem grandes possibilid­ades, energia eólica e solar, o próprio polo automotivo, uma melhor performanc­e do complexo portuário de Suape e o chamado preenchime­ntos de cadeias produtivas já existentes no estado que precisam ser adensadas.

Esse, por exemplo, é o caso da cadeia de proteína animal que Pernambuco consolidou com um conjunto de plantas no setor de frango, outra no setor de boi, porco e ovinos, no setor de ovos onde o estado é o quarto produtor nacional e até em pescados, onde abriga indústrias que processam, importam e exportam frutos do mar e crustáceos, enquanto ocupam o mercado nacional, além de processar produtos com marcas de líderes nacionais que ampliam suas linhas de produtos.

Mas o desafio continua. E a resposta para essa perturbado­ra pergunta terá que vir da governador­a Raquel Lyra.

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empresa pernmabuca­na Eólica Tecnologia produz energia em Gravatá no Agreste do estado
A empresa pernmabuca­na Eólica Tecnologia produz energia em Gravatá no Agreste do estado

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