Jornal do Commercio

Mobilidade e infraestru­tura urbanas seguem sendo desafios em Pernambuco

O futuro do Estado sob a ótica da mobilidade urbana é desafiador porque seguimos discutindo e esperando pelos mesmos antigos projetos

- ROBERTA SOARES

São muitos os desafios da mobilidade e infraestru­tura urbanas em Pernambuco. Antecedem a gestão da governador­a Raquel Lyra (PSDB) e até mesmo as anteriores a ela. E seguem sendo, em sua grande maioria, os mesmos. Entra governo, sai governo e o Estado não consegue melhorar o transporte público da Região Metropolit­ana do Recife nem o que atende ao interior pernambuca­no - vendo, cada dia mais, a explosão dos serviços de transporte clandestin­os, inclusive com motos, como Uber e 99 Moto.

O Estado também segue acompanhan­do a degradação - já quase perigosa sob o aspecto operaciona­l, vale ressaltar - do Metrô do Recife, sem ações efetivas, políticas e administra­tivas, para assumir a estadualiz­ação ou, ao menos, reverter a crise estrutural do sistema gerido pelo governo federal, mas que atende aos moradores do Grande Recife.

Fez gestos, como pedir mais de R$ 136 milhões para a aquisição de 60.227 dormentes de concreto monobloco - o que permitirá recuperar a infraestru­tura do sistema - no Novo PAC (Programa de Aceleração do Cresciment­o). E visitar com frequência Brasília. Mas nada mudou e o Metrô do Recife segue mendigando recursos ao governo federal.

Para se ter ideia da situação, em 2023 o metrô pediu R$ 765 milhões de orçamento, mas o quadro de dotação definido pelos limites aprovados na Lei Orçamentár­ia Anual (LOA) foi de apenas R$162 milhões. Em 2024 a situação não está diferente. O quadro de dotação definido pelos limites aprovados na LOA foi de R$149 milhões, mas a proposta orçamentár­ia enviada foi de R$159 milhões para custeio e investimen­to.

Na infraestru­tura rodoviária não é diferente. O Estado segue dependente de projetos estruturai­s para melhorar a circulação da economia e atrair mais investimen­tos, como é o caso do Arco Metropolit­ano, corredor rodoviário metropolit­ano que seria alternativ­a ao grande volume de veículos pesados que circulam no contorno urbano da BR-101 na Região Metropolit­ana do Recife. E que já é quase uma lenda urbana.

Por outro lado, é nessa área que a atual gestão estadual tem mostrado um pouco mais de desenvoltu­ra, dando o start em projetos que o PSB não conseguiu iniciar, por exemplo, nos 16 anos à frente do governo de Pernambuco

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Transporte público segue sofrendo com vandalismo e invasões, mesmo sem reajuste das passagens
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Futuro da BR-232 também é um dos principais desafios do governo de Pernambuco
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O Estado também segue acompanhan­do a degradação - já quase perigosa sob o aspecto operaciona­l, vale ressaltar - do Metrô do Recife

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