Jornal do Commercio

Infraestru­tura tem cenário menos ruim, mas projetos fundamenta­is para o Estado seguem travados

O Arco Metropolit­ano, corredor rodoviário metropolit­ano previsto para desafogar o contorno urbano da BR-101 no Grande Recife, é o maior deles

- ROBERTA SOARES

Asestradas também seguem sendo um grande desafio para Pernambuco. Foram para as gestões anteriores a Raquel Lyra e seguirão sendo para as futuras. A ampliação e a requalific­ação da malha rodoviária do Estado são um trabalho diário e permanente, que exige um orçamento caro.

No caso de Pernambuco, estamos falando de 12,5 mil quilômetro­s de rodovias, a quarta maior malha rodoviária do Nordeste. São 142 rodovias estaduais e 13 estradas federais existentes no Estado. em 2023, o estado diz ter investido R$ 900 milhões na malha rodoviária.

E como já dissemos, Pernambuco segue dependente de projetos estruturai­s discutidos e esperados há décadas. É ocaso, por exemplo, da implantaçã­o do arco metropolit­ano, projeto de infraestru­turarodovi­ária que há quase 20 ano sé discuti dopara desafogara Região Metropolit­ana do recifes em nunca ter saído do papel, e da restauraçã­o e futuro da BR-232 até Caruaru, no Agreste pernambuca­no.

O arco, inclusive,éumd os investimen­tos de infraestru­tura mais urgentes de Pernambuco eque está virando quase uma lenda urbana no Estado. O impasse que envolve o projeto segue: se o traçado vai ‘arrodear’ ou não a área de proteção ambiental (APA) Aldeia Beberibe. Isso ainda não foi definido pelo governo de Pernambuco. Um estudo segue sendo feito para o Trecho Norte (Lote 1: BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Norte, em Goiana).

O projeto ganhou uma ajuda de peso para tentar viabilizá-lo. Foi incluído na Lei de Diretrizes Orçamentár­ias (LDO) 2024, aprovada no fim de dezembro, pelo Congresso Nacional. Na prática, a inclusão na LDO abre caminho para que o Estado de pernambuco possa buscar recursos federais para, enfim, iniciara construção do novo sistema rodoviário.

A inclusão do Arco Metropolit­ano na LDO foi possível através de emenda do deputado federal Augusto Coutinho (Republican­os/pe), que coordena a Bancada Pernambuca­na no Congresso Nacional.

O Arco Metropolit­ano está orçado emr $1,3 bilhão. o trecho norte deverá compreende ruma extensão de 50 km da BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Norte, em Goiana. Já o traçado Sul terá 45km da BR-408, em Paudalho, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho.

PREVISÃO DE COMEÇAR PELO TRECHO MENOS POLÊMICO

O Arco Metropolit­ano tem um anova previsão de começara sair dopa peles teano, pelo lado mais fácil e menos polêmico, e coma ajudado governo federal. a estimativa já tinha sido anunciada pelo ministro dos Transporte­s, Renan Filho, durante visita a Pernambuco, e foi confirmada pela governador­a Raquel Lyra, no ano passado. A governador­a garantiu a licitação da obra para o início de 2024.

O trecho a que a governador­as e referiu foi o Lote 2, conhecidoc­omo trecho sul, que compreende 27 km ligando o Cabo de Santo Agostinho à Br-232e,d elá, segue até abr408,n aal turado município d epa uda lho.écon siderado o trecho mais simples e menos polêmico do Arco Metropolit­ano.

O lote 1, que liga paudalho a goiana( mata norte does ta do)é marcado por divergênci­as, porque corta a área de proteção ambiental Aldeia-beberibe (APA Beberibe). Para esta etapa ainda está em discussão alternativ­as de traçado. No total, o Arco Metropolit­ano será uma rodovia duplicada com 65 km, que ligará o Norte ao Sul da Região Metropolit­ana do Recife e a municípios da Zona da Mata.

PROJETO DE PEDÁGIO PARADO

Soluções de concessão de rodovias para a iniciativa pr iva daé outro desafio para pernambuco, que até hoje tem apenas duas rodovias pedagiadas, que totalizam menos de 30 quilômetro­s (Rota do Atlântico, no acesso ao Porto de Suape e parte do Litoral Sul, e Rota dos Coqueiros, no acesso à Praia do Paiva, também no Litoral Sul).

O governo do PSB chegou a deixar um pacote de concessão de rodovias estaduais pronto para ser licitado, mas o atual governo estadual não avançou com ele até agora. O pacote, elaborado pelo BNDES sob coordenaçã­o da Secretaria de Planejamen­to de pernambuco( seplag ), previaa cobrança de pedágio em três rodovias estaduais: PE 60, amais famosa; a PE -90, que liga toritama, no agreste, ao município de Carpina, na Zona da Mata Norte; e a PE50, que conecta Limoeiro à BR-232, em Vitória de Santo Antão, também no Agreste pernambuca­no.

“A Região Metropolit­ana do Recife precisa desses projetos,principalm­ente do arco Metropolit­ano. A quarta perimetral da cidade (a BR-101) não suporta sozinha o volume de veículos. o mesmo vale para as concessões públicas, com destaque para a PE-60, a nossa vial itorânea,eaBr 232, eixo rodoviário estrutural do Estado”, alerta um especialis­ta da área em reserva.

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O Arco, por exemplo, é um dos investimen­tos de infraestru­tura mais urgentes de Pernambuco e que está virando quase uma lenda urbana no Estado
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Futuro da BR-232, que pode incluir um pedágio urbano, segue sendo desafio do Estado. Rodovia está sob gestão do governo de Pernambuco e sofre com degradação

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