Infraestrutura tem cenário menos ruim, mas projetos fundamentais para o Estado seguem travados
O Arco Metropolitano, corredor rodoviário metropolitano previsto para desafogar o contorno urbano da BR-101 no Grande Recife, é o maior deles
Asestradas também seguem sendo um grande desafio para Pernambuco. Foram para as gestões anteriores a Raquel Lyra e seguirão sendo para as futuras. A ampliação e a requalificação da malha rodoviária do Estado são um trabalho diário e permanente, que exige um orçamento caro.
No caso de Pernambuco, estamos falando de 12,5 mil quilômetros de rodovias, a quarta maior malha rodoviária do Nordeste. São 142 rodovias estaduais e 13 estradas federais existentes no Estado. em 2023, o estado diz ter investido R$ 900 milhões na malha rodoviária.
E como já dissemos, Pernambuco segue dependente de projetos estruturais discutidos e esperados há décadas. É ocaso, por exemplo, da implantação do arco metropolitano, projeto de infraestruturarodoviária que há quase 20 ano sé discuti dopara desafogara Região Metropolitana do recifes em nunca ter saído do papel, e da restauração e futuro da BR-232 até Caruaru, no Agreste pernambucano.
O arco, inclusive,éumd os investimentos de infraestrutura mais urgentes de Pernambuco eque está virando quase uma lenda urbana no Estado. O impasse que envolve o projeto segue: se o traçado vai ‘arrodear’ ou não a área de proteção ambiental (APA) Aldeia Beberibe. Isso ainda não foi definido pelo governo de Pernambuco. Um estudo segue sendo feito para o Trecho Norte (Lote 1: BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Norte, em Goiana).
O projeto ganhou uma ajuda de peso para tentar viabilizá-lo. Foi incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2024, aprovada no fim de dezembro, pelo Congresso Nacional. Na prática, a inclusão na LDO abre caminho para que o Estado de pernambuco possa buscar recursos federais para, enfim, iniciara construção do novo sistema rodoviário.
A inclusão do Arco Metropolitano na LDO foi possível através de emenda do deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos/pe), que coordena a Bancada Pernambucana no Congresso Nacional.
O Arco Metropolitano está orçado emr $1,3 bilhão. o trecho norte deverá compreende ruma extensão de 50 km da BR-408, em Paudalho, até a BR-101 Norte, em Goiana. Já o traçado Sul terá 45km da BR-408, em Paudalho, à BR-101 Sul, no Cabo de Santo Agostinho.
PREVISÃO DE COMEÇAR PELO TRECHO MENOS POLÊMICO
O Arco Metropolitano tem um anova previsão de começara sair dopa peles teano, pelo lado mais fácil e menos polêmico, e coma ajudado governo federal. a estimativa já tinha sido anunciada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, durante visita a Pernambuco, e foi confirmada pela governadora Raquel Lyra, no ano passado. A governadora garantiu a licitação da obra para o início de 2024.
O trecho a que a governadoras e referiu foi o Lote 2, conhecidocomo trecho sul, que compreende 27 km ligando o Cabo de Santo Agostinho à Br-232e,d elá, segue até abr408,n aal turado município d epa uda lho.écon siderado o trecho mais simples e menos polêmico do Arco Metropolitano.
O lote 1, que liga paudalho a goiana( mata norte does ta do)é marcado por divergências, porque corta a área de proteção ambiental Aldeia-beberibe (APA Beberibe). Para esta etapa ainda está em discussão alternativas de traçado. No total, o Arco Metropolitano será uma rodovia duplicada com 65 km, que ligará o Norte ao Sul da Região Metropolitana do Recife e a municípios da Zona da Mata.
PROJETO DE PEDÁGIO PARADO
Soluções de concessão de rodovias para a iniciativa pr iva daé outro desafio para pernambuco, que até hoje tem apenas duas rodovias pedagiadas, que totalizam menos de 30 quilômetros (Rota do Atlântico, no acesso ao Porto de Suape e parte do Litoral Sul, e Rota dos Coqueiros, no acesso à Praia do Paiva, também no Litoral Sul).
O governo do PSB chegou a deixar um pacote de concessão de rodovias estaduais pronto para ser licitado, mas o atual governo estadual não avançou com ele até agora. O pacote, elaborado pelo BNDES sob coordenação da Secretaria de Planejamento de pernambuco( seplag ), previaa cobrança de pedágio em três rodovias estaduais: PE 60, amais famosa; a PE -90, que liga toritama, no agreste, ao município de Carpina, na Zona da Mata Norte; e a PE50, que conecta Limoeiro à BR-232, em Vitória de Santo Antão, também no Agreste pernambucano.
“A Região Metropolitana do Recife precisa desses projetos,principalmente do arco Metropolitano. A quarta perimetral da cidade (a BR-101) não suporta sozinha o volume de veículos. o mesmo vale para as concessões públicas, com destaque para a PE-60, a nossa vial itorânea,eaBr 232, eixo rodoviário estrutural do Estado”, alerta um especialista da área em reserva.