Segurança para torcer nos estádios
SPORT
Na Ilha do Retiro, o Sport vemseespecializandoembaternatrave.nasduasúltimas ediçõesdacopadonordeste, o rubro-negro chegou à final, mas acabou sendo derrotado para os dois cearenses: Fortaleza, em 2022; e Ceará, em 2023. Na Série B não foi diferente. Nas duas últimas temporadas,apesardeentrar na competição como um dos favoritos, o Sport fez boas campanhas e, na reta final, derrapou e não conseguiu o acesso.comisso,vaidisputar peloterceiroanoconsecutivo a Segundona, algo que nunca aconteceu desde o início da Era dos pontos corridos. Porém, em 2024, sob a batuta do técnico argentino Mariano Soso, o Leão espera voltar a figurar na elite do futebol brasileiro. Nesse primeiro semestre, o time vem conseguindo êxito nas três competições que está disputando: estácomumamãonataçado Pernambucanoapósvencero primeirojogodafinalpor2x0; terminou na 1ª colocação do Grupo A na fase de grupos do Nordestão; e também está classificado à terceira fase da Copa do Brasil. Ânimo para entrarbemnasériebe,quem sabe, no segundo semestre, conseguir o tão sonhado acesso à Primeira Divisão.
NÁUTICO
Nos Aflitos, se dentro de campo o Náutico ainda está em busca de dias melhores - tem difícil missão no segundo jogo da final do Pernambucano, passou para próxima fase da Copa do Nordeste de forma irregular, como o 4º do seu grupo, e seguirá pelo segundo ano consecutivo na Série C -, fora dele a gestão timbu tem realizado um trabalho de reestruturação do clube e conta com o apoio do torcedor. A prova disso é que a torcida alvirrubra, no ano passado, elegeu pela terceira vez na história uma chapa de oposição, encabeçada pelo advogado Bruno Becker, e que tem a jornalista Tatiana Roma como vice-presidente, algo inédito nos 122 anos de fundação no Náutico - uma mulher ocupando um cargo na direção executiva. Isso evidencia a intenção de promover um modelo de gestão inclusivo e com a participação de todos e todas.
VIOLÊNCIA NO FUTEBOL
Para piorar ainda mais a imagem do futebol pernambucano, fatos lamentáveis fora de campo ganharam repercussão nacional. No último dia 21 de fevereiro, após o empate entre Sport 1x1 Fortaleza, na Arena de Pernambuco, o ônibus da delegação cearense foi atacado por integrantes da torcida uniformizada do Sport, que arremessaram bombas e pedras, deixando sete jogadores feridos com os estilhaços de vidro. O atentado ocorreu a 8 km da Arena, na BR-232, mas ninguém ainda foi preso pela polícia.
Esse não foi o único caso de violência urbana em dia de jogos na capital pernambucana nesse ano. Na mesma semana do episódio com o Fortaleza, novas cenas de violência foram protagonizadas por torcedores da uniformizada rubro-negra, desta vez, nos arredores do estádio dos Aflitos, após o clássico entre Náutico x Sport, pelo Campeonato Pernambucano.
Entretanto, as agressões não estão se limitando fora das praças esportivas. Em março, depois do empate entre Náutico 1x1 CRB, pelo Nordestão, cenas lamentáveis de violência na sede alvirrubra foram registradas na saída da torcida. Em imagens que circularam nas redes sociais, vários seguranças particulares contratados pelo clube aparecem agredindo alguns torcedores. Um deles, completamente rendido e cercado por cerca de 10 seguranças, começa a ser agredido... Chegando a ter um escudo quebrado por um dos agressores, que deveria garantir a segurança no clube, mas protagonizou atos violentos. Em nota, o presidente Bruno Becker
garantiu a rescisão de contrato com a empresa de segurança, que por sua vez, repudiou o ato e afastou o profissional do serviço.
Seja dentro ou fora dos estádios, as autoridades pernambucanas estão perdendo de goleada para os ‘pseudo-torcedores’, que saem às ruas para promover a violência e o caos social. Seguros de que sairão impunes para seguirem sujando a imagem do futebol do nosso estado. Ou os clubes rompem em definitivo com essas torcidas uniformizadas, cortando qualquer relação e providenciando medidas enérgicas para impedir a entrada deles nos estádios, junto com o apoio da Polícia Militar, Ministério Público e Governo do Estado, ou seguiremos reféns dos baderneiros.