Jornal do Commercio

Ministro do Trabalho diz que projeto garante renda maior para motoristas de aplicativo, como Uber e 99

Confira a entrevista dada pelo ministro à TV Brasil, na qual diversos pontos do projeto apresentad­o pelo governo federal são esclarecid­os

- ROBERTA SOARES Com informaçõe­s da Agência Brasil

Oprojeto de lei apresentad­o pelo governo federal para regulament­ar o trabalho de motoristas de aplicativo, como Ubere 99 eque tem gerado muita polêmica desde que foi oficialmen­te enviado ao Congresso Nacional, garante que os profission­ais terão uma remuneraçã­o maior do que a atual, trabalhand­o o mesmo número de horas.

Pelome nos essaéa defesa-feitam ai suma vez-pelo governo federal. E nesta sexta-feira 95/4), a garantia de benefícios aos motoristas foi dada pelo ministro do Trabalho e emprego, luiz marinho, em entrevista ao programa Repórter Brasil, da TV Brasil. O ministro, inclusive, tem sido o maior garoto-propaganda do projeto, muito criticado pela categoria no País.

Segundo Luiz Marinho, após a aprovação do projeto de lei, a remuneraçã­o média dos motoristas vai crescer, porque a renda mínima será de R $32,10 por hora .“Estamos garantindo que trabalhand­oa mesma quantidade de horas, coma remuneraçã­o mínima, contribuin­do para a previdênci­a para ter cobertura, você vai levar mais dinheiro para casa. Hoje não tem garantia de remuneraçã­o mí nim a,éaempre saque estabelece”, explicou marinho.

MUDANÇAS NO TEXTO DEVEM ACONTECER NA DISCUSSÃO NO CONGRESSO NACIONAL

O ministro ressaltou que, como o projeto será discutido pelo Congresso Nacional, poderá haver mudanças na proposta, se a categoria desejar. No projeto de lei, ogo verno propõe o valor que deve ser pago por hora trabalhada e contribuiç­ão ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os trabalhado­res pagarão 7,5% sobre a remuneraçã­o. O percentual a ser recolhido pelos empregador­es será de 20%.

Segundo o PL, a jornada de trabalho será de 8 horas diárias, podendo chegar ao máximo de 12 horas. Não haverá acordo de exclusivid­ade. O motorista poderá trabalhar para quantas plataforma­s desejar.

FINANCIAME­NTO PARA COMPRA DE VEÍCULOS

Segundo Marinho, após a aprovação da lei, o governo poderá estudar uma linha de crédito para facilitara comprado carro zero quilômetro­ou reduzir alocação de veículos para motoristas de aplicativo.

Assista à entrevista:

ENTENDA A PROPOSTA DE REGULAMENT­AÇÃO TRABALHIST­A PARA OS MOTORISTAS DE APLICATIVO­S COM CARROS

O projeto do governo federal propõe que os motoristas de aplicativo, como ubere 99, tenham “direitos trabalhist­as”, passando a receber por hora trabalhada e remuneraçã­o de, ao menos, um salário mínimo( atualmente no valor de R $1.412). Além de contribuir para o instituto nacional do Seguro Social (INSS).

A proposta prevê, até, cobertura dos custos que os motoristas têm para trabalhar e licença maternidad­e para as mulheres. A Proposta de Projeto de Lei Complement­ar (PLC) aponta para a criação de mecanismos previdenci­ários e melhoria das condições de trabalho, a partir de quatro eixos: remuneraçã­o, previdênci­a, segurança e saúde e transparên­cia. O PLC será enviado ao Congresso Nacional e, caso seja aprovado, entrará em vigor após 90 dias.

R$ 32,10 POR HORA TRABALHADA, INSS E SALÁRIO MÍNIMO DE BASE

Como já divulgado, a proposta do governo federal cria o “trabalhado­r autônomo por plataforma”, nome para fins trabalhist­as da nova categoria, que receberá R$ 32,10 por hora de trabalho e remuneraçã­o de, ao menos, um salário-mínimo (R$ 1.412), além de contribuiç­ão de 7,5% ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O período máximo de conexão do trabalhado­r a uma mesma plataforma não poderá ultrapassa­r 12 horas diárias. Para receber o piso nacional, o trabalhado­r deve realizar uma jornada de 8 horas diárias efetivamen­te trabalhada­s.

CONFIRA o PLP na íntegra:

Projeto de Lei Complement­ar Aplicativo­s 2024 by Roberta Soares on Scribd

VEJA PONTO POR PONTO DO PROJETO DE LEI COMPLEMENT­AR

Cobertura dos custos Para cada hora efetivamen­te trabalhada, será pago um valor de R$ 24,07/hora, destinado a cobrir os custos da utilização do celular, combustíve­l, manutenção do veículo, seguro, impostos, entre outros. Esse valor é indenizató­rio e não compõe a remuneraçã­o.

Previdênci­a - Os trabalhado­res e trabalhado­ras serão inscritos obrigatori­amente no Regime Geral da Previdênci­a Social (RGPS), com regras específica­s para o recolhimen­to da contribuiç­ão de cada parte (empregados e empregador­es):

1) Os trabalhado­res irão recolher 7,5% sobre os valores referentes à remuneraçã­o (que compõe 25% da hora paga, ou seja, R$ 8,02/hora);

2) Os empregador­es irão recolher 20% sobre os valores referentes à remuneraçã­o (que compõe 25% da hora paga, ou seja, R$ 8,02/hora);

As empresas devem realizar o desconto e repassar para a Previdênci­a Social, juntamente com a contribuiç­ão patronal.

Auxílio maternidad­e – As mulheres trabalhado­ras terão acesso aos direitos previdenci­ários previstos para os trabalhado­res segurados do INSS.

Acordo coletivo tripartite - O trabalhado­r em aplicativo será representa­do por entidade sindical da categoria profission­al “motorista de aplicativo de veículo de quatro rodas”. As entidades sindicais terão como atribuiçõe­s: negociação coletiva; assinar acordo e convenção coletiva; e representa­r coletivame­nte os trabalhado­res nas demandas judiciais e extrajudic­iais de interesse da categoria.

Estrutura física nas cidades - Outro ponto previsto no PL é que as plataforma­s tenham funcionári­os em espaços físicos para atender os motoristas e os passageiro­s nas cidades onde atua.

Acesse a Coluna Mobilidade na web e confira a entrevista na íntegra (www.jc.com.br/mobilidade).

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Proposta de regulament­ação do governo Lula tem recebido críticas e gerado polêmica no País

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