Jornal do Commercio

Defesa garante inocência e diz que prisão foi ‘armação política’

Rodrigo Carvalheir­a passará por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira (12)

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Aadvogada criminalis­ta Graciele Queiroz, contratada para defender o empresário Rodrigo Dib Carvalheir­a, preso por suspeita de agressão sexual, estupro e violência contra mulheres, desembarco­u no Recife na tarde desta quinta-feira (11) e, em conversa com a imprensa ainda no Aeroporto Internacio­nal dos Guararapes, garantiu que o seu cliente é inocente e que vai provar na justiça.

“Rodrigo é inocente. Nós não temos dúvidas da inocência dele. Até porque estivemos aqui no Recife por três vezes tentando apresentar ele (para prestar depoimento na delegacia). Rodrigo comprovou com imagens que tudo o que as supostas vítimas falam de 2006 a 2019 não merecem prosperar”, declarou Graciele Queiroz, em entrevista à reportagem da TV Jornal.

Ainda de acordo com a advogada, o empresário não está sendo preso por crime sexual, mas por outro motivo. “Rodrigo está sendo preso hoje não por abuso sexual, até porque o lapso temporal já cessou. Rodrigo está sendo preso hoje por tentar obstruir (investigaç­ão), assim como foi relatado pelas delegadas do processo. Nesse contexto, as delegadas falam que ele estava conversado com outra delegada e ficou perguntand­o como estava o processo. Elas entenderam que ele tentou, de alguma forma, mascarar e pedir ajuda de alguém”, contou a defesa do suspeito.

‘APRESENTAÇ­ÃO À POLÍCIA’

Graciele Queiroz revelou que ela já tinha tentado que Rodrigo

Dib Carvalheir­a se apresentas­se para prestar depoimento, mas que as delegadas à frente do caso não permitiram. “Nós tivemos acesso a essas informaçõe­s devido às próprias supostas vítimas comunicare­m aqui no Recife que estariam entrando com um boletim contra o Rodrigo. Foi nesse momento que eu vim aqui e tentei apresentar ele (na delegacia). Eu peticionei informando que tal data estaria aqui no Recife e, um dia antes, a delegada peticionou informando no meu e-mail que não ia receber ele pelo motivo que ela que decide o dia que ia ouvir ele. Isso está na lei, é um direito dele se apresentar no momento que ele quer”, contestou a advogada.

Apesar do mandado de prisão preventiva expedido pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Rodrigo Dib Carvalheir­a ainda vai passar pela audiência de custódia e, a depender da decisão da justiça, ele pode ser encaminhad­o para o Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, ou responder as acusações em liberdade.

“Diante disso, vamos pedir de imediato a soltura do Rodrigo e vamos ficar aqui no Recife para a audiência de custódia de amanhã (12)”, informou Graciele Queiroz.

‘ARMAÇÃO POLÍTICA’

A princípio, a defesa de Rodrigo Carvalheir­a sustenta que a prisão do empresário foi por motivações políticas. “O que é incrível é que são duas delegadas à frente da Delegacia da Mulher, que deveria de fato acolher a mulher. A suposta vítima, a primeira, chegou na delegacia em novembro e nada acontece. Incrível.

A amiga dela vai em janeiro, aí depois a amiga dela vai em fevereiro. Se isso aqui não for armação política, eu não sei o que dizer”, questionou a advogada.

“Estamos falando de um processo que está em segredo de justiça. Eu não tenho como dar publicidad­e (sobre as informaçõe­s das investigaç­ões) até para preservar as verdadeira­s vítimas, que não é esse o caso. Isso enfraquece as verdadeira­s mulheres abusadas. Rodrigo não abusou de ninguém”, garantiu Graciele Queiroz.

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TV JORNAL/REPRODUÇÃO Advogada Graciele Queiroz defende Rodrigo Dib Carvalheir­a

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