Chamado de ‘incompetente’ por Arthur Lira, Padilha minimiza e diz que faz ‘política com civilidade’
Opresidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, são protagonistas de um entrevero que teve início após a Casa Baixa manter a prisão de Chiquinho Brazão (sem partido) pelo assassinato da vereadora Marielle Franco.
Depois da votação, o que se ouvia era que a Câmara dos Deputados estaria dividida e fragilizada, e que estaria havendo um enfraquecimento da liderança de Lira na Casa. Numa entrevista dada em uma feira agroindustrial de Londrina, no Paraná, Lira afirmou que Padilha teria vazado esses rumores, e chamou o ministro de “desafeto pessoal”.
“Essa notícia hoje que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente. Não existe partidarização. Eu deixei claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu”, disse Lira.
PADILHA FALA EM “CIVILIDADE”
Na última quinta-feira, o ministro Alexandre Padilha respondeu ao questionamento de jornalistas sobre a provocação de Arthur Lira. Ele ignorou o adjetivo de “incompetente” dado pelo parlamentar e não respondeu sobre uma possível tensão entre os Poderes. A informação é do Poder360.
“Sobre competência, eu deixo as palavras do presidente Lula, que falou sobre isso anteontem. Sobre o resto das palavras, sinceramente eu não vou descer a esse nível. Sou filho de uma alagoana arretada que sempre disse que quando um não quer, dois não brigam. Eu aprendi a fazer política com o presidente Lula, com civilidade”, disse Padilha.
As declarações de Padilha foram dadas durante o Fórum Brasileiro de Líderes de Energia, no Rio de Janeiro. Ele completou citando uma música do rapper Emicida, dizendo que “rancor é igual a tumor”.
“Não tenho qualquer tipo de rancor. E sobre rancor, a periferia da minha cidade de São Paulo produziu uma grande figura, o Emicida, que diz que ‘rancor é igual a tumor, envenena a raiz, quando a plateia só deseja ser feliz’”, acrescentou o ministro.
“Eu vou seguir com meu trabalho, alimentando essa dupla de sucesso governo e Congresso, alimentando esses resultados. Não vou desviar meu foco de forma nenhuma. O governo tem mantido contato, diálogo. Estamos concentrados nisso”.