Jornal do Commercio

Brasil integra rede da OMS para monitorame­nto de coronavíru­s

A rede reúne 36 laboratóri­os de 21 países com expertises em vigilância de coronavíru­s em humanos, animais e ambiente

- AGÊNCIA BRASIL

OBrasil passa afazer parte de um grupo internacio­nal para monitorar os diferentes tipos de coronavíru­s e identifica­r novas cepas que possam representa­r riscos para a saúde pública além de buscar se antecipara um anova pandemia. A chamada Covinet é um desdobrame­nto da rede de laboratóri­os de referência estabeleci­da pela Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) no início da pandemia de covid-19. O país é representa­do pelo Laboratóri­o de Vírus Respiratór­ios, Exantemáti­cos, Enterovíru­s e Emergência­svirais do instituto osw aldo Cruz (Ioc/fiocruz).

A rede reúne 36 laboratóri­os de 21 países com ex per tis e sem vigilância de coronavíru­sem humanos, animais e ambiente .“nós te mosque ter uma rede que tenha pessoas capacitada­s, com bastante expertise, não só na saúde humana, mas também animal e ambiental de coronavíru­s. E essa rede, então, foi desenvolvi­da, justamente para dar apoio, não só ao seu país de origem, mas globalment­e. Oque agente que rés e antecipara um anova pandemia. Isso é um grande desafio no momento no qual os governos, junto coma OMS, estão trabalhand­o”, diz a chefe do Laboratóri­o , Marilda Siqueira.

Este nãoé oprime irogrupodo qual o Laboratóri­o de Vírus Respiratór­ios, Exantemáti­cos, Enterovíru­s e Emergência­s Virais participa. Desde 1951, segundo Siqueira, o laboratóri­o é referência para o vírus influenza, queéo vírus da gripe, para a OMS. Em 2020, coma pandemia, o laboratóri­o foi convidado a participar também do grupo voltado para o SARS-COV-2, vírus causador da covid-19. A intenção inicial era a capacitaçã­o para o diagnóstic­o por meio do exame PCR em tempo real, que foi a metodologi­a escolhida para a detecção laboratori­al do vírus. O laboratóri­o torna-se, então, referência na América do Sul e Caribe.

No final de 2023, ao ms decidiu amplia reconsolid­ara rede formada durante a pandemia elança uma chamada para laboratóri­os de todo o mundo. o labora tóri od oi oc/ Fiocruz foi um dos selecionad­os para compor a Covinet. “Nós temos que continuar fazendo esse trabalho, agora já comum a rede global estruturad­a dentro de determinad­os procedimen­to spa raque agente possa, por exemplo, entender como esse vírus vai evoluindo e o que isso pode ou não influencia­r na composição da cepa vacinal”, explica Siqueira.

MONITORAME­NTO CONSTANTE

O trabalho do grupo, como explica Siqueira, é principalm­ente monitorar não apenas o SARS-COV-2, mas outros coronavíru­s, buscando identifica­r qualquer mutação que ofereça risco para a saúde pública. Isso inclui monitorar também animais que possam transmitir esses vírus e outras mudanças na natureza, principalm­ente do avanço do ser humano na natureza, que possam favorecera contaminaç­ão por novos vírus .“quando agente fala de uma nova pandemia, pergunta-se, quando isso vai acontecer? Não sei, pode ser amanhã, pode ser daqui a um ano, pode ser daqui a 50 anos. É imprevisív­el. Mas, agente tem que estar preparado, certo ?”, diz ache fedo laboratóri­o.

Além disso, a rede está atenta a mutações que possam surgir e ao avanço das que já estão em circulação, coma intenção de saber, por exemplo, o impacto dissonas vacinas, is toé, a necessidad­e de produção de novas vacinas, assim como as necessidad­es do sistema de saúde se adaptar para atendera população.

“O que nós sabemos é que nós temos que estar melhor preparados do que nós estivemos para a última. Então, para isso, agente tem que trabalhar em rede, trabalhar trocando informaçõe­s com frequência”, diz Siqueira. No âmbito da Covinet, ela conta que participa de reuniões regulares.“nós temos uma reunião online acada três semanas em que nós discutimos como é que está a evolução viral do SARS-COV, porque isso pode impactar em ter novas epidemias de SARS-COV, em ter um aumento do número de casos, o que impacta o número de leitos hospitalar­es, certo? Impacta na vacina queé disponibil­izada, dessa vacina ser ou não mais a vacina que deve ser dada para a população, porque o vírus pode mudar muito. Se essa vacina não adianta, tem que rapidament­e fazer uma nova”, diz.

PREPARO BRASILEIRO

Segundo a pesquisado­ra, a pandemia por um coronavíru­sfoi algo que pegou o mundo de surpresa. O monitorame­ntoconstan­te que era feito era com o vírus da gripe, o influenza. “Porque influenza já causou várias pandemias no século passado, inclusive aquela gripe espanhola, então isso fica na memória. O coronavíru­s, na verdade, foi meio uma surpresa, porque agente estava todo mundos e preparando para a influenza, e veio o coronavíru­s”, diz.

O Brasil, inclusive conta com manuais e guias para o caso de uma pandemia por influenza. Então, de acordo com Siqueira, nesse momento, o país está também revisando os manuais e guias .“Coma pandemia de covid-19, nós tivemos muitas lições aprendidas, certo? Então, foram muitas estratégia­s que deram certo e mui tasque não deram certo. Ninguém pode sofre roque todo mundo sofreu, o impacto em saúdehuman­a, o impacto social, o impacto emocional, o impactofin­anceiro, sem tirar nenhuma lição disso ”, ressalta.

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pandemia por um coronavíru­s foi algo que pegou o mundo de surpresa
A pandemia por um coronavíru­s foi algo que pegou o mundo de surpresa

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