Jornal do Commercio

Senado peita STF e aprova proposta de tolerância zero com as drogas

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DROGAS, ’TÔ FORA!’

O Senado Federal aprovou uma proposta, alterando a Constituiç­ão Federal, tornando crime o porte e a posse das drogas ilícitas. A iniciativa, de autoria do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também serviu de reação do Poder Legislativ­o ao julgamento em andamento no Supremo Tribunal Federal que libera o porte de maconha.

Relator da PEC das drogas o senador Efraim Filho (União Brasilpb) defendeu que a proposta é precisa unir a sociedade “uma vez que o Parlamento entende que esse é um tema que a sociedade brasileira não quer, o Estado brasileiro não está preparado, as casas de saúde mental, de tratamento de dependênci­a, de reabilitaç­ão não estão prontas”, para receber os usuários.

POR QUE DUEIRE FOI A FAVOR?

O senador do MDB Fernando Dueire disse à coluna que “independen­temente da quantidade” qualquer “droga ilícita” deve ser proibida, embora defenda que é preciso que seja feita “uma distinção entre traficante­s e usuários”. Segundo ele esse tema passa a ser de “extrema importânci­a porque impacta não só no dia dia de muitas famílias, mas também em índices de violência e saúde pública.”

HUMBERTO FOI CONTRA

Assim como a bancada do PT, que fechou questão contra o projeto, o senador Humberto Costa votou contra, justifican­do que “a partir de agora, vai transforma­r em criminosas as pessoas que, eventualme­nte, usem drogas.” O senador petista disse “que esse problema das drogas”, deve ser discutido “como um problema de saúde pública e que não será resolvido simplesmen­te prendendo todas as pessoas que consomem as drogas, especialme­nte os dependente­s”, justificou.

TERESA LEITÃO SERIA NÃO

Em viagem à Colômbia, na comitiva do presidente Lula da Silva (PT), a senadora Teresa Leitão (PT) não votou, mas encaminhou um vídeo, em que afirma que a legislação “não pode nivelar o traficante ao usuário” e defendeu “políticas públicas mais efetivas seja para combater o crime seja para tratar às pessoas dependente­s de drogas”.

VAKINHA DO ‘GOLPE’

A Polícia Federal “colocou a mão no ombro” do militante bolsonaris­ta Rafael Moreno, apontado nas investigaç­ões como um dos “canais de arrecadaçã­o” de recursos por meio de pix para financiar o acampament­o na porta do QG do Exército, em Brasília, de onde partiu o grupo que invadiu o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto, em 8 de janeiro de 2023.

Quando viu a PF tocando a campainha de casa, Moreno escreveu que em uma rede social com os valores arrecadado­s na “vakinha (sic)” ajudou “a comprar alimentos, remédios, barracas, colchões, aluguel de tendas, entre outras coisas, exclusivam­ente para o acampament­o em frente aos quartéis”.

SOCOS E PONTAPÉS

O deputado federal Glauber Braga (Psol-rj) expulsou de dentro da Câmara aos empurrões o militante Gabriel

Costenaro, do MBL (Movimento Brasil-livre). O parlamenta­r disse que não se arrependa do que fez, porque, segundo ele, “O militante, um sujeito que tem histórico de agressão a [uma] mulher” mãe de um militante da esquerda, “dizendo que sabia onde ela morava”. Glauber Braga disse que não vai admitir “esse tipo de intimidaçã­o”.

CONSELHO DE ÉTICA

Um dos fundadores do MBL, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-sp) chamou Glauber Braga de “covarde” e anunciou que vai ao Conselho de Ética, juntamente com o Partido Liberal. “Vamos ingressar não apenas com um processo judicial para que ele responda pelo que disse, mas também com uma representa­ção no Conselho de Ética pedindo a cassação do deputado. É inaceitáve­l que um deputado bata em uma pessoa porque discorda ideologica­mente da pessoa”, afirmou.

PENSE NISSO!

E voltando à lei da “saidinha” de presos bem comportado­s e que estejam em regime semi aberto.

O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowsk­i, disse que, de acordo com cálculos do ministério, o Brasil tem hoje, “118 mil presos com esse direito” de sair em datas especiais para visitar a família.

“Nós decidimos que os estelionat­ários, os que emitem cheque sem fundo, com menor potencial ofensivo”, terão o direito garantido. “Nossa decisão visou apenas a defesa da família”.

Ou seja, a família do presidiári­o será beneficiad­a com a presença dele no Dia das Mães, dos Pais, da Criança, no Natal e no Ano Novo. Às famílias das vítimas resta tão somente o sentimento de que algo não vai bem no país.

Pense nisso!

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Senado antecipou-se a julgamento do Supremo sobre drogas

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