Maitê Proença
Aos 58 anos, a atriz conta como cuida da beleza e qual a relação de Liberdade, Liberdade com os dias de hoje
PELE DE DIVA
“Eu não tenho a prática de colocar muitas coisas na pele porque tenho alergia. Tanto que não coloco ácido. Já usei Botox um tempo atrás. Mas até na hora do banho não sou de usar muito sabonete. Não adianta ficar no banho se entupindo de sabonete e cremes para depois o organismo absorver essas coisas.”
CUIDADOS COM ALIMENTAÇÃO
“Na minha casa é tudo à base de orgânico. Eu sempre pesquiso bem antes de comer as coisas e acho que isso favorece a minha pele de alguma forma.”
DIONÍSIA, PERSONAGEM NA NOVELA
“Essa personagem é uma mulher com fortes contradições, que ama os protocolos aristocráticos, as regras da corte. É extremamente católica. E mesmo assim submete os escravos a práticas sexuais. Ela coordena e comanda e quando não sai do jeito que quer, manda o escravo ir para o Pelourinho.”
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
“A personagem sofre esse tipo de violência e eu acredito que a melhor maneira das pessoas refletirem sobre alguma coisa é ouvindo histórias. E sempre foi assim desde que o mundo é mundo. São histórias que ensinam porque as pessoas fazem uma ligação indireta com a vida delas, e não fica uma imposição, uma tese pesada sobre o tema. Então, eu acho que isso pode ajudar e ainda mais se for feito de uma forma verdadeira.”
SEMELHANÇAS ENTRE MAITÊ E DIONÍSIA
“A gente sempre tenta compreender as personagens. Quando a gente é casada, é obrigada a engolir muita coisa que a gente não quer, os filhos nos deixam e fazem coisas que não aprovamos e, mesmo assim, continuamos amando. E assim são as relações humanas. E em relação ao personagem, a gente não pode dizer não faria o que ele faz. Porque você não sabe se faria isso se você fosse humilhada repetida vezes. Temos preconceitos.”
MOMENTO CERTO
“A novela vem justamente em um momento de efervescência política, o que eu acho apropriado. A história não muda muito, a gente briga pelos mesmos direitos desde sempre. Eu acho que tem esse viés que veio a calhar e fico feliz por contar a história nesse momento de virada em que a corte chega ao Brasil introduzindo novidades, culturas. E seria muito bem-vindo no Brasil de hoje investimentos na educação e na cultura porque o povo fica digno ao ter isso para ter opinião e poder bancar essa opinião, colocar para fora e não aceitar qualquer coisa.”