A LUTA DO GUERREIRO EDSON CELULARI CONTRA O CÂNCER
Entenda o que é o linfoma não-Hodgkin, doença que afetou o ator Edson Celulari
Na semana passada, Edson Celulari revelou que foi diagnosticado com linfoma não-Hodgkin, um tipo de câncer raro que acomete os gânglios linfáticos. A mesma doença já atingiu Reynaldo Gianecchini, Dilma Roussef e a novelista Glória Perez, que hoje estão curados. Nas redes sociais, o ator contou que está confiante e pronto para enfrentar o tratamento. “Reuni minhas forças, meus santos, um punhado de coragem, coloquei tudo numa sacola e estou indo cuidar de um linfoma não-Hodgkin. Foi um susto mas estou bem, ao lado de pessoas amadas. A equipe médica é competente e experiente. Estou confiante, pensando positivo e com fé sairei deste tratamento ainda mais forte. Todo carinho será bem-vindo. Obrigado”, escreveu.
SINTOMAS
O linfoma não-Hodgkin é caracterizado pelo aumento do volume dos gânglios, geralmente no pescoço, região da axilas ou virilha. “Em algum casos podemos ter febre, emagrecimento, sudorese noturna e prurido pelo corpo!”, explica Rodrigo Santucci, hematologista do Hospital Bandeirantes. Existem alguns fatores de risco que aumentam a chance do paciente ter esse câncer, como “imunossupressão crônica causada por doenças (exemplo: HIV) ou induzidas por medicamentos (exemplo: quem fez transplante de rim tem que tomar imunossupressores para não rejeitar este órgão), infecções crônicas por bactérias (exemplo: infecção por H. Pylori em estômago)”, alerta Santucci.
DIAGNÓSTICO
Não é fácil fechar o diagnóstico desse tipo de câncer. São necessários vários tipos de exames, como biópsia por meio de incisão da pele, punção, aspiração de medula óssea, punção lombar (retirada do líquido que banha o cérebro e a medula espinhal), radiografia no tórax, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética.
TRATAMENTO
“Alguns casos não precisam de tratamento inicial, podem ficar apenas em acompanhamento por alguns anos. Outros necessitam de quimioterapia, outros radioterapia ou uma combinação entre as duas modalidades terapêuticas”, esclarece o hematologista. No caso de Edson, foram iniciadas sessões de quimioterapia, que têm como objetivo acabar com as células cancerígenas em fase de multiplicação no corpo ou na parte atingida, diminuindo, assim, o crescimento do tumor.