Malu

Lilia Cabral

Intérprete de Virgínia, a cafetina de Liberdade, Liberdade, a atriz conta como é fazer uma novela de época

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PRIMEIRA VEZ

“Eu não tinha uma novela de época na minha carreira. Além disso, aqui (nos estúdios) eu vivo um mundo que jamais imaginei que fosse viver. Quando estou na gravação, a sensação que tenho é de que a minha vida é muito distante daquilo, daquelas coisas selvagens e sujas. Acredito que isso é importante de vivenciar porque eu sou fresca. Agora, eu tenho a oportunida­de de desconstru­ir isso. Eu fico suada, mas é maravilhos­o porque depois que termino, o que me vem à cabeça é: ‘eu pensei que não iria aguentar até o final do dia!’. Ou seja, esse é um grande teste para mim. Além disso, a história me cativou.”

À FRENTE DE SEU TEMPO

“Minha personagem é uma mulher de 1800 que lutava pela independên­cia do país, teve uma decepção amorosa e resolveu seguir, ser uma mulher independen­te... Ela não é submissa aos modos tradiciona­is. Ela é rara para a época porque não se ouve falar de mulheres assim em 1800. Mas eu procurei não criar expectativ­a daquele tipo de mulher que levanta bandeira, defende o feminismo. Ela defende aquilo que acredita. E eu penso que quanto mais a gente acredita, mais as pessoas se convencem de que estamos certos.”

LUTAS FORA DA TV

“Eu me considero feminista, defendo o que eu gosto. E, como mulher, eu defendo os meus direitos, sim, aproveito os personagen­s para defender. Tenho uma postura elegante, não saio por aí berrando, sou consciente do que sou como profission­al, mulher, mãe de família. E luto pelas coisas que quero.”

LILIA EM VIRGÍNIA

“Todos os personagen­s têm um pouco da gente. Mas sempre o próximo é o que a gente se identifica mais. Eu fico tão obcecada em encontrar as coisas certas para dar o tom da personagem que, quando passa o trabalho, eu falo: ‘nossa quanta referência que tirei de mim para fazer aquele papel’.”

SENTIMENTO PURO

“No fundo nós somos a essência e o sentimento, ali, lado a lado. O contemporâ­neo evoluiu e o sentimento e o amor também. Antes ninguém se abraçava e dizia ‘eu te amo’. Mas o sentimento de amor, de dor, de tristeza são sempre expressado­s com facilidade.”

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