Malu

Como águias sobre a rocha

- Virgínia Martin é jornalista, escritora e palestrant­e na área de família. www.divorciado­scurados.com

• Quem vê uma águia voando alto no céu, com suas garras afiadas e sua visão privilegia­da, não imagina que ela também se sente cansada e, muitas vezes, precisa renovar suas forças. Esse pássaro, porém, não escolhe lugares comuns para repousar, mas a rocha. É nela que poderá vivenciar um longo processo de transforma­ção.

• Bem firmada, ela bate seu bico já muito curvo contra a pedra até arrancá-lo. Quando consegue, espera que nasça um novo bico e, então, começa a arrancar suas unhas, demasiadam­ente compridas, em um processo também dolorido.

• Depois, passa para suas velhas penas, arrancando-as uma por uma. Só após esta fase, a águia sai para o mais alto voo. Agora sim, está pronta para caçar e sobreviver. Está mais viva do que nunca!

• Talvez sejamos como as águias. Necessitam­os de coragem para viver os tempos de guerra pela sobrevivên­cia. Será, muitas vezes, urgente reequipar-se para novos voos, só possíveis depois de uma reforma interna e externa.

• Qual tem sido sua rocha? Grana, emprego, relacionam­entos, saúde? Se o principal objetivo da vida tem sido sermos felizes, que a rocha seja o amor porque o maior ensinament­o é amar, um verbo de ação que exige dores, perdas e riscos, requer desprendim­ento e entrega.

• Quando descobrimo­s isso, aí, sim, fazemos o sacrifício e lutamos, seja pelo outro, pela missão de vida, pela família, pelo trabalho...

• Se para a águia a finalidade é a caça, que seja para nós a vida em que lembranças ruins, hábitos errados, pesos do passado vão sendo arrancados. O que restará para as que optarem por esta escolha será, certamente, um voo de vitória!

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