Guia do açúcar
Oaçúcar faz parte do nosso dia a dia, porém, seu consumo desenfreado é um prato cheio para o aparecimento de complicações como hipertensão, alterações metabólicas e diabetes. Por isso, reduzir o açúcar de nossa dieta é mais do que uma questão estética, é caso de saúde.
ZERO BENEFÍCIOS
A sacarose, mais conhecida como açúcar de mesa, é sem dúvidas o tipo mais popular e de maior consumo em todo o mundo. Porém, o ingrediente não possui nenhuma característica funcional no organismo. De acordo com a nutricionista Sinara Menezes, da Nature Center, o alimento é classificado como uma caloria vazia, pois não oferece benefícios ao corpo. “Apesar de ser extraída de um produto natural, os processos químicos responsáveis por refinar e deixar o açúcar com a aparência branca removem todos os nutrientes presentes na cana. Além disso, é um carboidrato simples de altíssimo índice glicêmico capaz de propiciar o ganho de peso e outras disfunções metabólicas quando consumido em excesso”, explica.
AÇÚCAR x SAÚDE
A ingestão do açúcar e de outros carboidratos simples elevam consideravelmente a concentra- ção glicêmica, exigindo mais do pâncreas. Sempre que nos alimentamos, o órgão libera insulina − um hormônio responsável por levar a glicose para dentro das células afim de que ela seja usada como energia. Quando esses picos glicêmicos se tornam frequentes, o organismo pode desenvolver resistência à insulina, fazendo com que não aproveite a glicose de forma adequada, aumentando sua concentração no sangue e ocasionando a diabetes. Outro ponto relevante é que o consumo exagerado de açúcar propicia o ganho de peso, uma vez que o excesso de glicose é armazenado pelo corpo em forma de tecido adiposo, ou seja, gordura.
É PRECISO ELIMINAR?
Salvo em casos de diabetes e outras situações de saúde onde o consumo é realmente restrito, não é necessário excluir totalmente o açúcar da dieta. A palavra de ordem é moderação. Diminuir seu consumo seja pela questão estética ou por saúde, só trará benefícios ao organismo: além de contribuir para o emagrecimento, a atitude diminui o risco do diabetes e outros males relacionados à obesidade.
SUBSTITUA!
• Açúcar mascavo: como primeiro subproduto extraído da cana, essa qualidade conserva alguns nutrientes da planta como o cálcio, ferro, potássio e demais sais minerais. Por sofrer menos processos químicos, sua coloração é mais escura, sua textura mais arenosa e seu sabor semelhante ao da cana de açúcar.
• Açúcar demerara: esse açúcar passa por um leve processo de refinamento, porém sem aditivos químicos. Por isso, preserva parte do valor nutricional da cana e, ao mesmo tempo, possui textura um pouco mais refinada e clara em comparação ao mascavo.
• Açúcar orgânico: por não sofrer nenhum tipo de aditivo químico desde o plantio à industrialização, é nutritivo e possui poder adoçante próximo ao do açúcar refinado. Porém, devido sua característica artesanal, possui valor mais elevado em comparação com os demais.
• Açúcar de coco: ainda é pouco conhecido, porém, é uma boa aposta por possuir baixo índice glicêmico. Feito à base de coco, possui sabor residual do fruto e menor potencial adoçante em relação aos demais.