Biscuit contra o pânico

Após ser atingida por uma bala perdida, a carioca Andréia Bezerra desenvolveu Síndrome do Pânico. O tratamento? Biscuit. A professora e artesã conta como superou a síndrome por meio do artesanato.

Contato com as artes

“Meu pai sempre sustentou nossa família com o artesanato, então, cresci com essa inclinação para os trabalhos manuais. Desenhava para ajudar o meu pai em seus trabalhos com madeira. Também fiz trabalhos em crochê e pinturas de tecido, mas por hobby. Acho que todo artesão passa por algumas técnicas antes de descobrir o que realmente ama fazer, como foi comigo”, conta Andréia.

Descobrindo o biscuit

Com a síndrome, a professora deixou de sair de casa: “descobri a técnica do biscuit em um programa de TV. Na mesma hora liguei para o meu marido e pedi para ele trazer cola e amido de milho. Naquela noite, passei as horas cozinhando a massa nas minhas panelas e não parei mais”.

Mudanças na saúde

Andréia diz que o biscuit transforma seu humor. “Quando estou triste, ansiosa ou estressada, é só começar a trabalhar com o biscuit que qualquer sentimento ruim vai embora”. A saúde da professora também mudou bastante: “o biscuit me deixou mais concentrada, relaxada, e muito mais disposta a sair de casa para enfrentar alguns medos que ainda tenho. Também passei a me soltar mais com as pessoas, me sinto mais segura ao lidar com o público. Vejo o artesanato como uma ponte para me comunicar com o mundo”.

Biscuit é uma massa de modelar feita de amido de milho, cola branca, conservantes e vaselina.