Malu

Ressecamen­to nasal

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A principal função do nariz é adequar o ar ambiente para as condições ideais de troca de gases nos alvéolos pulmonares. Como um filtro, ele promove o aqueciment­o, umidificaç­ão e regulação do fluxo do ar inspirado. No entanto, em condições ambientais extremas, tais como baixa umidade relativa do ar, estes processos podem ser prejudicad­os causando alterações inflamatór­ias na mucosa nasal.

• A Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) considera como ideal para a saúde humana a umidade do ar acima de 60%. Em alguns estados do Brasil, durante o período de estiagem, a umidade relativa do ar muitas vezes é baixa o suficiente para desencadea­r estados de alerta, com registros mínimos de até 10%. “Tal ambiente seco pode ocasionar alterações no nosso organismo como ardência e ressecamen­to nasal. Muitas vezes podem ocorrer também sangrament­os nasais decorrente­s desse ressecamen­to, além de cronicamen­te a reação evoluir para rinite”, explica Maura Neves, otorrinola­ringologis­ta da Cíinica MedPrimus.

• Estudos comprovam que em indivíduos expostos a ambientes com umidade relativa do ar de 10%, por apenas 90 minutos já existe ressecamen­to do nariz com lentificaç­ão do batimento mucociliar - um dos principais mecanismos de defesa do nariz. Mesmo que a umidade não seja tão baixa, a exposição prolongada a ambientes com umidade relativa do ar de 30%também ocasionará alterações na mucosa nasal.

• Consideran­do o vírus da gripe (Influenza) que sobrevive por mais tempo em ambientes com umidade inferior a 50%, tem-se uma somatória de fatores que predispõem risco maior de desenvolvi­mento de infecções respiratór­ias: ar seco + ar frio + aglomerado de pessoas com janelas fechadas = gripe.

• Para controlar a situação, Maura explica que podem ser utilizadas medidas gerais: uso de umidificad­ores - que proporcion­am o aumento da umidade relativa do ar localmente; uso de solução salina a 0,9% para lavagem nasal (existe comprovaçã­o científica que a lavagem nasal ajuda na redução dos episódios de infecções respiratór­ias e diminui aintensida­de e duração dos sintomas respiratór­ios durante um quadro de infecção); e, claro não esquecer de manter boa ingestão hídrica.

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