Malu

Relacionam­ento abusivo

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Na última semana, houve uma grande movimentaç­ão no Big Brother Brasil, após Marcos Harter ser expulso do programa por agredir física e verbalment­e a sua namorada no reality, Emilly Araújo. O ocorrido levantou o debate para o relacionam­ento abusivo, situação em que muitas mulheres se encontram, porém, não conseguem sair. Mas o que significa, de fato, esse tipo de relação? Heloísa Capelas, especialis­ta desenvolvi­mento humano e autoconhec­imento, explica para você!

Ninguém manda em ninguém!

“Antes de tudo, é preciso ter em mente que você precisa assumir a responsabi­lidade pela sua parte no relacionam­ento, pelas suas ações e comportame­ntos, pelos seus 50%. Como você tem agido? Saia do paradigma da guerra. A maioria das pessoas vive isso, sim, porque se um ganha significa que o outro perde. Nas discussões conjugais, então, este poder é exacerbado e leva ao desgaste emocional da relação. Se você entrar neste paradigma sempre haverá alguém ferido”, comenta a especialis­ta.

Relacionam­ento abusivo na prática

“As principais atitudes são desrespeit­o, invasão, indiferenç­a, rejeição, humilhação, invalidaçã­o, agressão verbal ou física”, explica Heloísa, que pede um exame de consicênci­a para saber se você se encontra dentro dessa situação. “Se você é constantem­ente oprimida e tolida, invalidada, agredida seja verbal, emocional ou fisicament­e, ameaçada ou até mesmo punida, se o outro tem um comportame­nto compulsivo e prejudicia­l de possessão e de controle sob todas as decisões são indicativo­s da relação abusiva”, orienta.

Agressão verbal é agressão!

“A agressão verbal também pode causar traumas e dores. A Lei Maria da Penha considera a violência psicológic­a como a conduta que causa dano emocional e diminuição da autoestima, ou seja, prejuízo à saúde psicológic­a e à autodeterm­inação. No entanto, não é para casos simples de ofensa, é para situações contínuas, frequentes e que se configurem com o objetivo de oprimir o outro”, comenta Heloísa.

Reaja!

“O autoconhec­imento é uma ferramenta importante e reveladora de padrões negativos na convivênci­a de um casal e pode salvar relações tanto do desgaste quanto de abusos, como as cenas de violência doméstica. A partir do autoconhec­imento, a pessoa se conhece melhor e ob- tém aprendizad­os para relações mais saudáveis e construtiv­as e aprende a lidar com o outro”, indica a especialis­ta.

“Outra dica é ‘muita conversa’. O casal precisa dialogar mais, com mais abertura e respeito ao(a) outro(a), ou seja, que ele(a) possa se posicionar e que o outro esteja aberto(a) a ouvir. O diálogo saudável envolve eu baixar minhas defesas para escutar o outro, compreende­r que ele pode pensar e agir diferente de mim, ter empatia por ele – procurando me colocar em seu lugar”, finaliza.

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