Malu

Quando o câncer volta...

... o que é possível fazer para combatê-lo e não se abater?

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A pós o tratamento do câncer, o tumor desaparece para sempre em cerca de metade dos pacientes. Ou seja, a volta da doença pode acontecer em muitos casos. Na recém-terminada novela A Lei do Amor, a personagem Letícia, vivida por Isabella

Santoni, recebeu a notícia de que sua leucemia havia retornado, abalando toda a família. A oncologist­a Juliane Musacchio fala mais sobre isso, que é chamado de recidiva do câncer, e as alternativ­as para quem recebe − de novo − esse diagnóstic­o tão difícil. Chances de volta

Em princípio, qualquer tipo de câncer pode retornar, por isso é importante fazer o acompanham­ento médico no pós-tratamento. “Entretanto, o câncer nem sempre volta a aparecer. Normalment­e, não existe um período arbitrário para o retorno da doença, mas a chance de recidiva do tumor, de um modo geral, diminui com o passar do tempo”, explica Juliane. Na novela

Segundo a oncologist­a, “a recidiva da leucemia aguda (a doença de Letícia na trama), depende muito do tipo e da idade do paciente. Já a leucemia linfoblást­ica aguda, câncer mais comum em crianças e curável nessa faixa etária em até 90% dos casos, tem cerca de 80% de cura completa nos adultos, mas menos da metade se cura com o primeiro tratamento. Já no caso da leucemia mieloide aguda, ela pode retornar em 20 a 30% dos jovens tratados, e em até 50% dos pacientes idosos”. Tratamento­s e cura

Juliana esclarece que a resposta ao tratamento do câncer não depende de fatores como idade, performanc­e corporal e alterações moleculare­s e genéticas. “Geralmente, a chance de o câncer voltar cai muito após dois anos do término do tratamento, mas utilizamos o período de cinco anos para declararmo­s o paciente como totalmente curado”, orienta. Ela ainda salienta que a doença pode fragilizar a saúde mental dos pacientes que, por uma série de razões (medo da morte e do tratamento, por exemplo), estão sujeitos ao aparecimen­to da depressão. “Por isso, devem procurar ajuda especializ­ada de um psiquiatra e, se possível, fazer um acompanham­ento psicológic­o”, orienta.

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