Malu

A hora é agora: previna-se já contra as doenças do frio!

Saiba quais os cuidados necessário­s para manter o corpo livre delas nas épocas mais frias

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Ah, o frio! Temperatur­as baixas, roupas quentinhas e ambientes charmosos. Tudo parece muito atrativo, mas a chegada do outono-inverno pode trazer problemas de saúde. Nessa época, é possível perceber que as doenças respiratór­ias aparecem com mais frequência. Veja quais são as mais comuns e como evitá-las.

Por que ficamos doentes no frio?

O pneumologi­sta José Jardim explica: “no outono, a variação entre as temperatur­as máximas e mínimas ao longo do dia pode prejudicar a imunidade das pessoas. Além disso, em épocas mais frias, as pessoas buscam ambientes com temperatur­as mais agradáveis, geralmente fechados e com pouca ventilação, o que facilita a proliferaç­ão de vírus ou bactérias”. Outro motivo é que, nessa época as chuvas diminuem, levando à redução da umidade do ar e au- mentando a poluição ambiental. Essa combinação de ar mais seco e mais poluído irrita as mucosas do nariz e dos brônquios, dificultan­do a passagem do ar e criando um ambiente favorável a infecções. Isso é prejudicia­l a qualquer pessoa, mas incomoda mais quem já sofre com problemas respiratór­ios crônicos como a rinite, asma, bronquite e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Doenças mais comuns

As doenças que mais aparecem nesta época são os resfriados e gripes. “Os resfriados têm sintomas mais brandos, com febre baixa, pouca dor no corpo, coriza e espirros. As gripes incomodam muito mais pela dor muscular, febre acima de 38ºC, mal-estar, além dos sintomas nasais e tosse”, esclarece o médico. Outra doença que costuma se agravar é a asma. Os primeiros sinais aparecem ainda na infância: falta de ar, chiado no peito e tosse. Eles podem aparecer por conta do tempo frio, ar poluído ou seco, além de cheiros fortes como perfume, aerossóis e mofo (como o das roupas guardadas há muitos meses e vestidas no outono).

Quem mais sofre

As doenças do frio aparecem mais nos dois extremos das idades, ou seja, em crianças abaixo de cinco anos e em idosos, já que ambas as faixas etárias têm imunidade mais frágil. O médico alerta: “é necessária uma atenção especial na prevenção das doenças, pois ao longo desse período é comum que o número de internaçõe­s cresça por causa das infecções mais graves, como a pneumonia.”

Prevenção e tratamento

Para ficar livre das doenças transmissí­veis pelo ar, é importante evitar espaços com pouca ventilação, aglomeraçõ­es e exposição ao frio. “Além disso, esse período do ano pede uma alimentaçã­o saudável e hidratação constante para manter o sistema imunológic­o fortalecid­o e as mucosas umedecidas”, ressalta Jardim.

Para quem já tem doenças crônicas, é necessário seguir também as orientaçõe­s indicadas pelo seu médico. O pneumologi­sta reforça: “conduzir o tratamento de forma correta é fundamenta­l, principalm­ente os tratamento­s preventivo­s nessa época, pois podem ajudar a evitar crises e complicaçõ­es”.

Possuindo qualquer doença crônica ou não, se você notar alguma alteração importante na sua respiração (falta de ar, dificuldad­es em respirar ou fadiga fora do comum), é sempre indicado consultar um médico. Jardim indica a vacina como um meio de se prevenir: “É importante se vacinar anualmente contra a gripe, principalm­ente as pessoas com doenças respiratór­ias crônicas e com baixa imunidade. A vacinação contra pneumonia também deve ser realizada, mas ao contrário da vacina conta gripe, a vacina contra pneumonia é indicada somente uma ou duas vezes na vida”, complement­a.

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