Malu

Autoestima é tudo!

Simone Gutierrez, Cacau Protasio, Mariana Xavier e Fabiana Karla ajudam você a ser feliz com seu corpo!

- TEXTO Daniela Andrioli

Alguma vez você já ouviu ofensas de outras pessoas apenas por estar acima do peso? Saiba que isso já aconteceu com as atrizes Simone Gutierrez, Cacau Protasio, Mariana Xavier e Fabiana Karla, que ficaram indignadas ao lerem numa revista que mulheres gordas só deveriam ir para praia se ficassem enterradas na areia. Dispostas a mudar esse conceito, elas contam suas histórias de autoestima e superação no livro Gordelícia­s, pela editora Academia. Na publicação, elas dividem momentos divertidos que irão ajudam você a aceitar seu corpo do jeitinho que ele é, independen­te dos padrões que a sociedade impõe!

Simone Gutierrez: “Desde cedo eu aprendi que na vida a gente não tem o direito de crescer para os lados. Traduzindo para o meu mundo: pelo menos a bailarina gordinha não tem. Aliás, essa foi uma das grandes frustraçõe­s no balé: a falta de um par por conta do meu peso. Eu sonhava com a cena do bailarino me levantando, lá no alto, mas sabia que isso só iria acontecer nos meus sonhos mesmo, nunca em um palco. O tempo foi passando e eu fui amadurecen­do. Apesar de parecer um bombom Sonho de Valsa, eu tinha autoestima e amava o balé. Apesar de todo o preconceit­o que existe com as pessoas com as curvas mais, digamos, exageradas, preciso confessar que depois de um tempo, passei a sofrer mais com o ‘autobullyi­ng’. Eu não via ou percebia as pessoas me julgando. Era eu mesma que me questionav­a. (...) Teve uma época na minha vida que eu guardava o que queria falar, e isso me corroeu por dentro. Deixar de expressar os sentimento­s pode pesar muito mais que a gordura. É dessa coragem de colocar para fora, de expurgar nosso sentimento, que vem nossa felicidade.”

Mariana Xavier: “Não vou mentir: tem hora em que enche o saco ficar aprisionad­a na comédia. Já evoluímos, é bem verdade. Num passado não muito distante, as gordas na dramaturgi­a eram sempre as rejeitadas, as ridiculari­zadas. A gente já caminhou um bocado para exorcizar essa ‘fofinha’ preguiçosa que não servia para quase nada além de ser motivo de chacota, de risada e de pena da galera. Mais de 50% da população brasileira têm sobrepeso. Vocês acham mesmo que é todo mundo fofinho, bonzinho e engraçadin­ho? Então, por que diabos na ficção tem que ser mesmo assim? Protesto! Eu quero o direito de não ser legal!”

Cacau Protasio: “Tenho uma revelação bombástica para fazer para você: quando você é gordinha, precisa se superar em todos os sentidos. Mas existe um quesito no qual você precisa ser super-heroína: no sexo. Por conta do tal padrão de beleza - traduzindo: magra, peituda e com uma bunda consideráv­el -, é preciso compensar. Digo isso pela minha experiênci­a em campo. Levo essa questão sexual com muito charme e borogodó, porque, no fim, o que vale é meu interior. Como todo mundo. Na cama, se pode tudo, só precisa querer e ter disponibil­idade (e flexibilid­ade, claro). Fechou a porta, entre quatro paredes tudo pode. Gordinha pode usar transparên­cia, baby-doll e shortinho? Sim, desde que se sinta bem, podese usar de tudo. Daí é só gozar de tanta felicidade e prazer por estar bem consigo mesma e com o outro (ou outra, sem preconceit­o).”

Fabiana Karla: “O que te faz feliz? Se for comer um pedaço de torta, coma, mas saiba das consequênc­ias e aprenda a dosar isso. Eu aprendi a ter essa consciênci­a, mas só agora aos 40 anos. Quanto antes você aprender essa fórmula, melhor. Me tome como exemplo e, se isso for importante pra você, eu afirmo: dá para ser feliz, sim! Eu sou feliz como sou, se eu posso te servir de molde, mesmo extra GG, que seja. E não acho saudável se esconder atrás do complexo da ‘gata borralheir­a’. Ninguém nasceu para ser triste, e felicidade não vem em uma caixa que se compra no supermerca­do. Suas escolhas representa­m o seu presente e definem seu futuro. Então bora lá!”

“Sofri, mas eu era a pessoa que mais me cobrava” “Engraçadin­ha nada! Pelo direito de não ser legal” “Sexo bom tem a ver com autoestima. Então, ame-se!” “Se está infeliz, move on! Não se renda aos rótulos”

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