Tonico Pereira

Trabalho com grandes diretores

“É maravilhoso. É a terceira vez que eu trabalho com a Glória (Perez), eu acho o texto dela maravilhoso. O Papinha (Rogério Gomes) tem uma direção muito segura, muito solta, então, eu espero que agora o elenco corresponda e, se corresponder, a gente está diante de uma grande obra.”

Composição do personagem

“Eu não estudei, tudo está dentro de mim, a minha vivência, tiro tudo de dentro de mim e vamos lá. Não tenho preocupação com laboratório, o personagem é a experiência do ser humano. Pra mim a coisa mais rica que existe é o ser humano. O Abel é bem diferente, mas eu acho que o lado humano desse personagem é igual a qualquer outro, porque os humanos são iguais. Somos todos iguais. Temos trilhas, caminhos diferentes, mas a essência é a mesma.”

Viagem à Manaus

“Já conhecia Manaus, só que a gente dormia lá e gravava numa zona ribeirinha que fica a uma hora e meia da cidade, o que foi muito cansativo, desgastante. A região é muito diferente pra gente. Eu passei mal, fiquei internado cinco dias. É uma temperatura diferente, muito úmida e ao mesmo tempo um calor incrível, você se desidrata sem notar. É uma coisa estranha. Mas o resultado do trabalho está muito bonito.”

Marco Pigossi

“Nós já trabalhamos juntos antes em A Regra do Jogo. Ele era o filho do personagem do Alexandre Nero. Mas eu fico à vontade com qualquer pessoa.”

Humanização dos personagens

“Eu não consigo fazer perso-

nagens sem humanizá-lo. Então, em A Regra do Jogo, meu personagem era mau-caráter, mas tinha o seu lado humano e lutava pela sobrevivência. Ele não queria dinheiro em excesso, queria dinheiro para tomar sua cachaça e comer.”