Como lidar com o vício?
Silvana, personagem de Lilia Cabral na novela das nove, sofre com sua obsessão pelo jogo. Saiba como enfrentar situações parecidas na vida real! Quando a pessoa se reconhece viciada, o tratamento se torna mais fácil!
De longe, a história de Silvana ( Lilia Cabral) até parece cômica. Viciada em jogos de azar, ela vive se metendo em confusão para esconder o problema do marido e da filha. Entretanto, o vício, seja ele qual for, traz uma infinidade de malefícios tanto para a pessoa quanto para os familiares e amigos próximos. Malu conversou com o médico Roberto Debski, que fala mais sobre o assunto e avisa: “O vício se inicia quando a pessoa começa a perder o controle sobre seu comportamento”.
Mais do que diversão
Quando a pessoa se sente desesperada em relação ao objeto do vício, resistindo a ele com dificuldade, significa que a situação passou de diversão e virou compulsão. “Muitas vezes a pessoa que desenvolveu o vício tem dificuldade ou resistência para admitir ou perceber que se encontra viciada. Nesse caso, as pessoas de seu convívio irão perceber mudanças no comportamento, dependendo da natureza do vício, como isolamento social e comportamento adictivo, que pode ser em álcool, drogas, jogos, compras etc..”, comenta.
Como ajudar?
“Os parentes e amigos podem ajudar de diversas maneiras. Conversando, acolhendo, oferecendo apoio e acompanhando a pessoa em seu tratamento, não julgando nem criticando e procurando entender que o vício é uma doença e deve ser tratada adequadamente. Devem evitar confrontar a pessoa se essa estiver negando seu problema, porém, se houver risco à vida ou à sua saúde e integridade, devem intervir de maneira mais incisiva”, explica Debski que aponta que o tratamento é mais fácil quando a pessoa admite o problema: “Essa tem a possibilidade de buscar ajuda especializada e caminhar em direção à cura”.
Rotina turbulenta
“As consequências qualquer forma de vício são enormes, e prejudicam a saúde pessoal e os relacionamentos familiares. As pessoas adoecem, e comprometem a sua qualidade de vida e seus relacionamentos. Podem se tornar agressivas, abusivas, comprometer sua profissão, sua renda e o patrimônio da família, enfim, podem afetar negativamente a vida de todo sistema, e desenvolver mecanismos de dependência e codependência que agravam e adoecem a todos”, finaliza.