Saúde íntima
Sete perguntas que você precisa fazer ao ginecologista
I r ao ginecologista ao menos uma vez por ano é essencial, pois além de garantir a saúde, é uma excelente oportunidade para tirar todas as dúvidas que ficam na cabeça. No entanto, seja por vergonha ou esquecimento, nem sempre as mulheres perguntam tudo o que gostariam e continuam sem essas respostas. “Muitas guardam as dúvidas por um bom tempo, mas toda dúvida deve ser esclarecida e não há melhor local do que o consultório”, diz o ginecologista Renato de Oliveira. O especialista listou sete perguntas que você deve fazer durante a consulta ginecológica:
• 1 Quais os cuidados diários que se deve ter com a região íntima?
No banho, lave adequadamente a região, com movimentos delicados e sabonetes próprios para o equilíbrio da flora natural e com pH próximo ao da pele.
Protetores diários, roupas muito justas e de tecidos grossos abafam a região e podem provocar corrimentos, coceiras e infecções.
Prefira calcinhas de algodão e coloque-as para secar sempre em um ambiente fresco e seco.
Dormir sem calcinha é uma boa medida para permitir a ventilação vaginal.
2 Há um momento correto para utilizar a pílula do dia seguinte?
“Quanto antes a pílula for tomada, maior a chance de sucesso. Estudos relatam que, nas primeiras 24 horas a eficácia da pílula gira em torno de 90%. O melhor uso é até 72 horas após o ato sexual”, explica Renato.
3 Como escolher o melhor método contraceptivo?
Depende de cada caso. “Se a mulher tem dificuldades para ingerir medicamentos orais, ela deve optar pelo anel contraceptivo, implante subcutâneo, anticoncepcionais injetáveis, adesivos ou dispositivos intrauterinos. Se a mulher está amamentando, ela deve evitar métodos que contenham estrogênio. Os mais indicados são métodos não hormonais ou que tenham apenas progesterona, como o DIU de cobre ou hormonal, o implante subcutâneo, injeção trimestral e comprimidos à base de progesterona”, esclarece Renato.
4 Se eu esquecer de tomar a pílula, o que fazer?
O médico explica que “em caso de esquecimento, tome-a assim que lembrar, e a próxima do horário normal. Se passar um dia, tome os dois em conjunto e mantenha a ordem dos demais. Caso esqueça de mais de dois comprimidos, use preservativos durante sete dias, e tome as pílulas restantes de forma habitual”.
5 Anticoncepcional engorda ou causa infertilidade?
Os métodos estão cada vez mais modernos e causam o mínimo possível de efeitos em relação ao peso e costumam ser bem tolerados no organismo. No entanto, “cada organismo responde de uma forma e pode acontecer de o seu corpo não se adaptar”. Além disso, os contraceptivos contínuos podem diminuir o risco de câncer no endométrio e no ovário. “É importante frisar que os métodos hormonais não causam infertilidade. O retorno dos ciclos menstruais indica o retorno da fertilidade”, esclarece.
6 Ter dor durante as relações é normal?
O médico frisa que não. Entretanto, em alguns momen- tos a dor pode ocorrer. “Falta de lubrificação adequada, traumas, lesões vaginais e dificuldade de relaxamento da musculatura da vagina causam dor. Algumas doenças, como endometriose, cistos ovarianos ou miomas de grandes dimensões também podem causar este problema”, diz.
7 Minha menstruação atrasou ou está diferente. O que será?
“Para uma mulher que não usa nenhum método contraceptivo e não está grávida, a ausência de menstruação pode indicar algum distúrbio. A menstruação também pode representar incômodos como dores, inchaços, cólicas e a tensão pré-menstrual (TPM). O mais importante desta discussão é entender que, exceto em situações nas quais a não menstruação é decorrente de algum distúrbio, menstruar ou não é uma opção da mulher moderna e deve ser conversada com o médico”, finaliza.