Malu

O outro lado de Mateus

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A novela fala de ética. Como você vê isso no cenário atual de nossa política?

“Há 500 anos é importante falar disso. Eu vi uma foto nas redes sociais dia desses e dizia: ‘uma época que o Brasil não tinha corrupção’. E na imagem tinha uns dinossauro­s. Então, é um assunto sempre pertinente. A gente vive em um momento tão complicado, que dá pano pra manga para muita trama. Eu acho que o jeitinho brasileiro é uma das coisas mais difíceis Tudo o que está acontecend­o é uma forma da gente parar para pensar também e nos policiar em relação a muita coisa que acontece ao nosso redor.”

Você concorda que o telespecta­dor torce sempre pelo vilão?

“Eu acho que a gente não pode ser vilão no dia a dia. Falavam muito isso no Félix, porque ele fazia muito sucesso. Além do humor, era um cara que dizia tudo o que a gente não pode dizer. Na vida real, a gente tem vontade de dizer algumas coisas, de jogar aquela raiva em certas pessoas e não pode. Mas o vilão tem essa liberdade e, por isso, faz sucesso.”

Pra você, qual o limite da ambição?

“O outro, né? Tudo o que você faz em beneficio próprio, quando esbarra no outro, aí você passou do limite.”

Você acha que o dinheiro pode trazer felicidade mesmo?

“O dinheiro em si, não. Mas tudo que está relacionad­o. A gente compra muita coisa que nos leva a status e tal. Normalment­e o dinheiro traz uma felicidade rasa.”

O que você faria com 40 milhões de dólares?

“Nossa! Eu ia fazer um teatro. Ia dar aulas, trazer a comunidade para o teatro. E fazer um centro cultural que lembre as pessoas que, se a gente não tem cultura, a gente não é ser humano, a gente é bicho que nem todos os outros.”

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O vilão Félix, de Amor à Vida, foi um dos personagen­s mais importante­s de Mateus
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