Mitos da menstruação
A verdade sobre as principais dúvidas relacionadas ao período menstrual
Apesar de a menstruação ser algo presente em boa parte da vida das mulheres, muitas delas ainda carregam dúvidas sobre o assunto. Normalmente, são informações passadas de geração para geração, mas que nem sempre possuem uma explicação médica. Gilberto Nagahama, ginecologista do Hospital San Paolo (SP), esclarece alguns mitos que ainda rondam a cabeça das mulheres.
1 Durante a menstruação não há gravidez
Na teoria, não é possível, já que menstruação é a descamação do endométrio, camada que é preparada para receber o óvulo fecundado. Porém, o corpo não é uma máquina exata, por isso é sempre bom tomar medidas preventivas para evitar o risco.
2 Mulheres com muita convivência menstruam ao mesmo tempo “Cada pessoa tem o seu corpo, com manifestações totalmente individuais, portanto, o seu período menstrual não tem relação alguma com o de outras mulheres”, esclarece Nagahama.
3 As relações sexuais são mais prazerosas durante a menstruação O período de maior desejo sexual é justamente o de ovulação, que corresponde aproximadamente ao 14° dia do ciclo, e não durante o período menstrual. “Acreditamos que muitas pacientes têm a sensação de mais prazer justamente por ficarem despreocupadas com o risco de engravidar”, comenta o especialista.
4 É errado fazer exercícios físicos durante a menstruação Exercícios físicos são essenciais para manter a qualidade de vida, e no período menstrual eles ajudam a controlar a dor das cólicas devido à liberação de hormônios do bem-estar, como as endorfinas.
5 Mulheres virgens não podem usar absorventes internos Segundo Nagahama, “o hímen tem até 2,5 cm de abertura na puberdade, e o absorvente interno até 1,9 cm. Portanto, ele não tem restrições de uso para mulheres virgens”.
6 Ter relações sexuais durante a menstruação aumenta o risco de contrair ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) “Não é verdade. A realidade é que, menstruada ou não, ter relações sexuais sem proteção aumenta o risco de contrair qualquer infecção sexualmente transmissível”, alerta o especialista.