Além do mau hálito
Já ouviu falar em caseo amigdaliano? “É a formação de cálculo no interior das pequenas cavidades ou recessos no interior das amígdalas. Ele se forma pelo acúmulo de material calcificado e depósito de resíduos (pele morta da descamação da mucosa da boca), fragmentos e pequenas partículas de vírus, bactérias ou fungos e demais agentes infecciosos, proteínas salivares e restos alimentares”, explica Jeanne Oiticica, otorrinolaringologista.
Sintomas
Garganta arranhando ou raspando, sensação de corpo estranho na garganta, mau hálito, sensação de engolir, tossir ou expelir pedrinhas que se desprendem da garganta. Como sintomas associados pode ainda ocorrer febre, amigdalite, saburra lingual, boca seca, dor ao se alimentar, faringite, periodontite (inflamação dos tecidos que envolvem os dentes), abcesso amigdaliano (coleção de pus que se acumula por trás da amígdala), rinite, sinusite.
Tratamento
Quando a causa é a alimentação, ela deve ser corrigida. Nos casos de doenças associadas, devem ser adequadamente tratadas com antibióticos, anti-inflamatórios, procedimentos cirúrgicos e/ou odontológicos, dentre outros. “No caso de boca seca, a chamada xerostomia, deve-se investigar e corrigir, aumentando a ingestão de água e líquidos e até mesmo com salivas artificiais. Quando o caseo for decorrente do uso de determinado medicamento, deve-se considerar a possibilidade de troca ou suspensão do mesmo. Quando o problema é hormonal, por exemplo, no climatério ou andropausa, a correção adequada da disfunção está indicada”, comenta a especialista.
Prevenção
Beber bastante líquido ao longo do dia; evitar alimentos que deixam a saliva grossa e espessa como bebidas lácteas, chocolate, café, álcool; comer 1 maçã por dia, pois tem poder adstringente; se o problema for boca seca, o uso de salivas artificiais (carmelose) está indicado; quando a questão é o pH da boca, gargarejos diários com 1/2 copo de água morna e uma pitada de bicarbonato 2 vezes ao dia ajudam a prevenir o problema.