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Cirurgia bariátrica

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Para muitas pessoas, lutar contra a balança é mais do que uma questão estética: significa viver melhor. Num país em que os índices de obesidade crescem – hoje 18% dos brasileiro­s pesam muito mais do que deveriam –, as cirurgias de redução de estômago estão cada vez mais populares, mas os médicos alertam: este deve ser o último recurso para quem quer emagrecer. Veja alguns mitos e verdades sobre a prática, esclarecid­os por Guilherme Cotta, Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (RJ).

1 Qualquer um pode fazer uma cirurgia bariátrica

MITO. A redução do estômago é indicada para pacientes a partir de 16 anos que têm o índice de massa corpórea, o chamado IMC, acima de 40, com ou sem doenças associadas, como diabetes, hipertensã­o, e entre 35 e 40, com doenças associadas. “É preciso também que o paciente tenha tentado emagrecer sem sucesso por dois anos, em média, com dieta, exercícios físicos e medicament­os” explica Cotta.

2 Quem fez redução de estômago não pode engravidar

MITO. “A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica recomenda que as mulheres procurem engravidar dois anos após a cirurgia. Engravidou? Informe o médico que a acompanhou durante todo o processo de tratamento”, esclarece o médico.

3 Os planos de saúde e o SUS devem cobrir a cirurgia bariátrica

VERDADE. Quem depende do SUS para realizar a cirurgia, porém, pode ter que esperar algum tempo na fila. O Ministério da Saúde não tem o registro, mas segundo Cotta “pode levar até sete anos para o paciente ser operado”. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementa­r (ANS), que regula os planos de saúde, o período de carência para cirurgia é de até seis meses.

4 Dá para comer como antes e engordar de novo

DEPENDE. A pessoa não vai comer como antes, mas se tomar uma lata de leite condensado inteirinha numa refeição, poderá engordar novamente sim. “A paciente volta a ganhar peso se consumir alimentos calóricos, como frituras e açúcares. Mas é raro quem recupera todo o peso”, afirma Cotta.

5 É importante o acompanham­ento psicológic­o antes e após a cirurgia

VERDADE. “A avaliação psicológic­a é importante para saber se o paciente tem expectativ­as reais com relação à cirurgia, se não está num momento de depressão ou estresse muito grande ou se tem algum outro problema que possa atrapalhar o tratamento”, explica o médico afirmando que durante esta avaliação é investigad­o o que levou essa pessoa a engordar, já que normalment­e essas pessoas não fazem a menor ideia. “Não adianta fazer a cirurgia se não mudar a estrutura que provocou a obesidade”, afirma.

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