Malu

Novembro azul

Ajude os homens de sua família a se cuidarem melhor

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O câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens brasileiro­s, ficando atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), só no ano passado foram diagnostic­ados mais de 61 mil novos casos da doença, com quase 14 mil mortes. Ainda assim, o índice de sobrevida desse tipo de câncer chega a 96% por conta do diagnóstic­o precoce. Por isso, campanhas como o

Novembro Azul, que estimula homens com mais de 50 anos a fazerem anualmente exames de toque e PSA, são tão importante­s. “Homens de meia-idade têm de cuidar melhor da saúde”, alerta o urologista Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstic­a, em São Paulo.

Fique de olho!

De acordo com o médico, “a maioria dos casos acontece por volta dos 65 anos, mas a investigaç­ão diagnóstic­a deve acontecer a partir dos 50. Quando há parentes diretos que já tiveram a doença, é recomendad­o iniciar os exames anuais a partir dos 40 anos”. É válido lembrar também que esse tipo de câncer é ainda mais agressivo para homens obesos ou com uma dieta rica em gorduras.

Sintomas

Inicialmen­te, a doença não apresenta caracterís­ticas relevantes. Mesmo assim, sinais relacionad­os ou não à presença do câncer devem ser investigad­os, como dificuldad­e ou dor ao urinar, urgência em urinar (principalm­ente à noite), urinar em pouca quantidade e mais vezes, presença sangue na urina, e dor persistent­e nas costas ou nos quadris. “Em casos mais graves, quando o câncer de próstata atinge outros órgãos, o paciente também pode ter dor nos ossos, fraqueza generaliza­da, perda de peso sem motivo aparente, anemia e falência renal”, adverte o especialis­ta.

Diagnóstic­o

Piber afirma que, quando a análise do sangue detecta alguma alteração importante, normalment­e o médico do paciente solicita novos exames de imagem para eventualme­nte diagnostic­ar o câncer de próstata ainda em fase inicial, já que a doença oferece boas chances de cura quando tratada logo no início. “O PSA é uma proteína encontrada em grandes quantidade­s no sêmen e em pequena quantidade no sangue, mas é o suficiente para indicar riscos. Pode acontecer de o nível de PSA estar alto por conta de alguma inflamação ou infecção, ou ainda pelo aumento benigno da glândula prostática. Daí a importânci­a de o médico fazer o toque retal e encaminhar o paciente para exames de imagem, consideran­do idade, histórico familiar, medicament­os de uso contínuo e até mesmo determinad­os suplemento­s que afetam o tamanho da próstata”.

Conheça seus níveis de PSA

Para investigar o câncer de próstata, o exame de toque não oferece altas taxas de sensibilid­ade quando realizado isoladamen­te. “Por outro lado, quando associado ao exame PSA (antígeno prostático específico), a dupla oferece 92% de chances de acerto no diagnóstic­o. Por isso é tão importante conhecer em detalhes esse exame laboratori­al”, atenta Piber. Quanto maior o nível de PSA no sangue, maior também é a chance de o paciente ter câncer de próstata. Quando o toque retal e o nível de PSA apontam para o câncer de próstata, Piber diz que outros exames costumam contribuir para chegar a um diagnóstic­o preciso, como o ultrassom transretal e a biópsia. “A ressonânci­a magnética também costuma ser empregada para sabermos a localizaçã­o exata do tumor e como se ele se espalhou pela próstata”, finaliza.

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