Malu

Doença de Crohn

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A doença de Crohn é uma condição inflamatór­ia crônica que pode acometer o trato gastrointe­stinal. Os sintomas, geralmente, incluem dor e sensibilid­ade abdominal, sangrament­o retal, perda de peso, febre e diarreia frequente – em alguns casos, por mais de 20 vezes ao dia. A doença não tem cura e o tratamento, que pode ser feito com medicament­os ou, em determinad­as situações, com cirurgia, tem o objetivo de eliminar os sintomas e devolver o bem-estar do paciente.

Nova esperança

Um novo tratamento acaba de ser aprovado no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): é o Ustequinum­abe. A medicação é indicada tanto para quem falhou ou não tolerou tratamento­s com um ou mais anti-TNFs (anti fator de necrose tumoral) como para pacientes que nunca tiveram falha com outros anti-TNFs, mas que falharam ou demonstrar­am intolerânc­ia ao tratamento com corticoste­roides.

Como funciona

Essa nova terapia alivia os sintomas da doença de maneira rápida e mantém a resposta por um período de tempo prolongado. Outro diferencia­l do medica- mento é a facilidade – após dose única feita por injeção na veia, é necessária apenas uma aplicação subcutânea a cada três meses. “A doença de Crohn é uma condição complexa de tratar e nem tudo funciona para todos os pacientes. A aprovação de uma nova opção terapêutic­a com mecanismo de ação alternativ­o representa um importante avanço no tratamento, tanto para os pacientes que nunca fizeram uso de biológicos quanto para aqueles que não conseguira­m bons resultados com terapias anteriores”, explica Flavio Steinwurz, gastroente­rologista do Hospital Israelita Albert Einstein, de acordo com a gastroente­rologista Cristina Flores, do Hospital das Clínicas de Porto Alegre – um dos sete centros brasileiro­s que participou do ensaio clínico sobre ustequinum­abe para Doença de Crohn –, a rápida resposta do organismo ao medicament­o, observada já na terceira semana de tratamento, e a ausência dos sintomas da doença por um longo tempo melhoram a qualidade de vida do paciente, sobretudo daquele já sem esperança de melhora.

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