Gravidez ectópica
Essa é a principal causa de morte no primeiro trimestre da gestação
Ao falar sobre sua gestação de gêmeas em entrevista ao Fantástico, a Ivete Sangalo comentou sobre suas dificuldades para conseguir engravidar. Dentre elas, a estrela passou por uma gravidez ectópica, problema que gera riscos à saúde da mamãe e a perda do bebê. O ginecologista Edvaldo Cavalcante esclarece as causas, sintomas e tratamentos desse tipo de gestação.
O que é?
A gravidez ectópica acontece quando uma gestação se inicia fora do útero. O embrião pode se implantar na tuba uterina, no ovário, na cavidade abdominal ou ainda no colo do útero. “Em uma gravidez normal, depois que é fertilizado, o óvulo percorre a tuba uterina para alcançar o útero, onde ele se abriga e se desenvolve. Na gravidez ectópica, a implantação pode acontecer em outros lugares que não na parede uterina. Esse tipo de gravidez é a que mais pode trazer complicações perigosas para a mulher, pois a tuba é finíssima e não suporta o crescimento do embrião, podendo romper e causar hemorragia”, explica o ginecologista.
Sintomas
Atraso menstrual, sangramento genital e/ou dor abdominal são grandes indicadores de risco para gravidez ectópica. Após a suspeita, exames como a dosagem seriada de beta-hCG e ultrassonografia devem ser realizados para a confirmação do diagnóstico. “O embrião não consegue sobreviver fora do útero, mas, mesmo assim, ele ameaça a vida da mulher. Por isso, é fundamental chegar a um diagnóstico rapidamente”, salienta Cavalcante.
Como tratar
De acordo com Cavalcante, há dois tipos de tratamento:
• clínico: consiste em usar medicamentos para inibir o desenvolvimento do embrião. É indicado para os casos em fase muito inicial, ainda sem batimento cardíaco do embrião.
• cirúrgico: é a remoção do em- brião. “Quando a gestação ectópica está na tuba uterina, tensase preservar a tuba para manter a fertilidade, mesmo sabendo do risco de uma nova gestação ectópica no local”, comenta o especialista.