Longe do reumatismo
Conheça as principais causas de dor nas juntas, como prevenir e a melhor forma de tratá-las
Oreumatismo engloba uma série de doenças com diversas características e são muitos os fatores que podem fazer com que ele apareça. Veja as diferenças que caracterizam cada uma das enfermidades reumáticas e dicas de como se livrar deste problema.
Artrite
Ela atinge principalmente as articulações, mas também pode afetar qualquer órgão do corpo. Considerada um problema autoimune, a artrite é decorrente de complicações do próprio organismo. O sistema imunológico passa a atacar a si mesmo, fator que inflama as juntas e, inclusive, compromete a saúde de outras áreas do corpo. Sintomas: dores e inchaço nas articulações, sensação “quente” no local e rigidez de movimentos principalmente no período da manhã são alguns dos sinais da artrite. Entretanto, também pode haver cansaço, perda de peso, anemia e febre baixa.
Artrose
Essa doença é caracterizada por desgastar a cartilagem que nutre e evita o desgaste dos ossos. Algumas formas de artrose (como a artrose de mãos) tem um componente genético de predisposição. Já a artrose de joelhos está muito relacionada à obesidade e ao sedentarismo. “Ela é uma doença que ocorre a partir da meia idade e se caracteriza pelo engrossamento das articulações dos dedos e da sensação de areia em grandes articulações. O problema é pior quando ficamos parados e melhora quando nos movimen- tamos”, afirma a reumatologista Claudia Velasco. Sintomas: algumas pessoas praticamente não apresentam sintomas do problema, no entanto, quando ele se manifesta, a dor é o principal sinal. Os momentos mais comuns para que os incômodos apareçam é após a prática de atividades físicas, ao levantar-se de uma cadeira ou ao subir e descer escadas.
Osteoporose
Um dos principais pontos a respeito desse problema é que ele gera fragilidade dos ossos e, com isso, podem ocorrer malefícios em todo o organismo. “Ela é uma doença silenciosa, não tem sintomas e não dói. Uma de suas consequências é a fratura vertebral espontânea, que encurta a coluna do paciente, deixando-o com menos altura. Outra consequência são as fraturas de colo de fêmur, levando a pessoa à cama e, por este motivo, acabando por aumentar o índice de mortalidade”, explica o ginecologista Sérgio dos Passos Ramos. Sintomas: fraturas na coluna, fêmur e punhos, e, em casos mais avançados, o paciente sente dores na região lombar e pescoço, sensibilidade e dor nos ossos e uma perceptível diminuição de estatura.
Lombalgia
“É ela o motivo de maior queixa nos consultórios, a que mais afasta trabalhadores de suas funções”, esclarece Eduardo Barreto, neurocirurgião especialista em coluna vertebral e dores crônicas. É possível que, em alguns casos, a dor na lombar se espalhe para outras partes do corpo, como as pernas - com ou sem dormência. Sintomas: a lombalgia não é uma doença grave, mas gera desconforto ao andar, sentar, fazer exercícios ou após muitas horas em pé.
Prevenção
Existe uma maneira bastante natural de evitar as dores causadas pelas inflamações: a alimentação. “Seguir uma dieta balanceada, sem exageros, evitando o ganho de peso, protege as pessoas contra uma série de patologias, inclusive o reumatismo”, explica a nutricionista Mirian Martinez. O abacate, por exemplo, possui beta-sitosterol, um poderoso anti-inflamatório que faz com que as células do organismo exerçam suas funções de maneira mais eficaz. Assim, tanto os sintomas da artrite quanto da artrose são amenizados. Já a castanha-do-pará é fonte de vitamina E e de selênio, que contribuem com a redução da inflamação.
Tratamento
Como as doenças reumáticas possuem necessidades diferentes em cada fase, um paciente com uma fase de inflamação aguda deve ser tratado diferente daquele que possui uma doença crônica, sem inflamação e com atrofia muscular. “A fisioterapia tem papel importante na melhora dos sintomas e restauração de movimentos, utilizando recursos como massagens manuais, laser, massoterapia, acupuntura, programas de exercícios, treinamento cardiovascular e exercícios de flexibilidade”, ensina a fisioterapeuta Fernanda Mexas. Além disso, os exercícios chamados de cinesioterapia, por sua vez, farão com que o indivíduo melhore sua postura e ganhe mais força muscular para manter as articulações mais estáveis e alinhadas, além de manter-se independente para realizar suas atividades diárias.