Bete Mendes
Nova geração de atores
“Eu acho maravilhoso! Eu e vários dos meus colegas sempre dissemos que era necessário ter disciplina. Percebíamos que as pessoas estavam muito aéreas um tempo atrás, e agora tenho visto um novo pessoal com muita vontade, se organizando, se preparando, se dedicando à leitura e testando várias vezes o linguajar, a postura... Isso é incrível.”
Voltar ao horário das 18h
“É uma delícia! A última novela que fiz na Globo foi Flor do Ca- ribe, que também era às 18h, e adorei fazer. Acho que o Jayme (Monjardim, diretor) e toda a equipe tiveram a percepção de que precisamos de histórias de amor, de se querer bem. Não que as outras histórias não sejam importantes, mas é bom você ter uma história em que o elemento principal é o amor.”
Educação do povo
“Esse é um assunto delicado para falar, senão eu falaria 40 horas. Mas gostaria de deixar uma frase do magnífico Oscar Niemeyer, que recebi hoje: ‘Tem que ensinar nas escolas filosofia e história para as pessoas deixarem de ser burras e carneiros que seguem a todos’. Tiraram essas duas matérias, que são imprescindíveis.”
Jovens militantes do Brasil
“Para mim e vários de nós que já passamos por muitos problemas, acho que a melhor coisa que existe é a democracia, e a luta pela democracia de forma organizada: saber se organizar para protestar, reagir, interferir. Hoje temos muitos instrumentos e vale pena usá-los além de ir para a rua. Alguns, como eu, devemos ser campeões de assinaturas de petições. Eu participo dessa maneira, porque não consigo ficar quieta porque essa coisa é importante para mim. E eu desejo do fundo do coração que possamos sair desse buraco antes que se acabe tudo, porque estamos vendo o que está sendo feito.”
Relação com a tecnologia
“O Luis Fernando Veríssimo, que amo de paixão, diz que é pré-jurássico. E eu digo que sou pré-pré-jurássica (risos). Pela necessidade a gente acaba tendo que participar. Posto, compartilho... Aliás, é um vício danado. Eu acordo e já ligo o bichinho (celular) para ler as notícias.”