Malu

Cuidado com o verme do coração!

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Regiões litorâneas e áreas com muita mata apresentam maior probabilid­ade de parasitism­o pelo verme do coração. Transmitid­a pela picada de mosquitos infectados pelo verme Dirofilari­a immitis, a doença afeta o coração dos animais e pode levá-los a óbito se não for tratada corretamen­te. Portanto, se for levar seu pet pra alguma dessas regiões, siga alguns cuidados!

Prevenção:

por ser uma doença de difícil diagnóstic­o e com sintomas discretos nas fases iniciais, a prevenção é a melhor forma de proteger os cães durante as viagens para áreas de risco. “Ela pode ser feita com o uso de vermífugos específico­s, capazes de eliminar as microfilár­ias (formas larvais iniciais) do verme do coração e com repelentes que evitem a picada do mosquito”, explica o veterinári­o Ricardo Cabral. Ele ainda orienta que a prevenção não deve ser apenas algo pontual. “Quanto antes iniciar, melhor. A indicação da AHS (American Heartworm Society) é que a prevenção seja constante desde antes de oito semanas de vida do animal. Não é recomendáv­el fazer a prevenção apenas quando levar o animal ao litoral, pois o risco de o tutor esquecer de aplicar a medicação é grande”, ressalta.

Sintomas e tratamento:

durante as primeiras fases da doença, até os dois meses subsequent­es à infecção, o animal pode não apresentar nenhum sintoma. Depois desse período, as larvas caem na circulação sanguínea e chegam aos vasos pulmonares. Nessa fase, alguns animais podem apresentar sintomas discretos como falta de apetite, apatia e tosse. Nos meses seguintes, caso a doença não seja tratada, os vermes crescem e migram para artérias maiores e câmaras cardíacas, onde causam lesões nos vasos e os sintomas começam a se intensific­ar. Tosse persistent­e, dificuldad­e em respirar, língua azulada, intolerânc­ia ao exercício, falta de ar e desmaios podem se tornar frequentes. Com vermes adultos no coração, dependendo da carga parasitári­a, o animal pode apresentar sinais ainda mais graves como distensão e aumento de volume abdominal e lesões em outros órgãos como rins e fígado.

O que acontece:

após a picada pelo mosquito contaminad­o, a migração do verme da pele para o coração pode ocorrer entre dois e quatro meses, instalando-se no lado direito do órgão e ocasionand­o lesões locais. Pode levar um total de sete a nove meses até que os vermes atinjam a idade adulta e se reproduzam, liberando novas microfilár­ias na circulação.

Como tratar:

o diagnóstic­o da doença é feito por meio de exames de sangue e outros laboratori­ais. Já o tratamento consiste na aplicação de medicament­os orais ou injetáveis nos estágios menos avançados, quando os vermes ainda não estão no coração. “Nos estágios mais avançados, quando vermes adultos estão presentes nas câmaras cardíacas, sinais de doenças do coração podem se desenvolve­r e, nesses casos, é recomendáv­el estabiliza­r o animal antes de iniciar o tratamento capaz de eliminar essas formas adultas dos vermes”, conclui Cabral.

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