Guia da TV digital

Você sabe o que tem que fazer para não ficar sem o sinal na sua casa?

Quem assiste os canais abertos (que são aqueles gratuitos) já deve ter visto alguma propaganda sobre a televisão digital. Em muitas cidades esse tipo de transmissão já existe e, em muitas outras, está programada para acontecer. Mas você sabe o que muda pra você? Conversamos com Deisy Fernanda Feitosa, consultora em televisão digital, que esclarece tudo o que você precisa saber!

Afinal, o que é TV digital?

Grande parte da população recebe, atualmente, o sinal analógico de TV. O principal problema dessa tecnologia é que sofre muitas interferências e basta uma chuva mais forte para que os canais saiam do ar. Com o sinal digital, isso não acontece mais. “Além de uma excelente qualidade de som e imagem, as funções da televisão foram expandidas. Essa tecnologia nos permite o acesso a serviços como guia de programação, interatividade, mobilidade e portabilidade (TV no celular, no tablet, no ônibus, no metrô...), acessibilidade (linguagem de sinais e audiodescrição), funções de gravação (play, pause), internet pela TV e conteúdos sob demanda (você escolhe sua programação)”, detalha Deisy.

E o tal desligamento do sinal?

“Ela acontece quando há a interrupção (desligamento do sinal) da transmissão analógica de televisão por radiodifusão terrestre, ou seja, o sinal aberto e gratuito de televisão que conhecemos passa a ser captado apenas por aparelhos de televisão preparados para receber o sinal digital”, explica a consultora.

Em nosso país, um cronograma estabelecido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prevê o desligamento do sinal analógico em todas as grandes e médias cidades até o final deste ano (um total de 1326 cidades). As demais cidades só serão impactadas pelo processo no ano de 2023.

Como adaptar o televisor?

Quem tem TV de tubo (aquelas mais antigas) ou tela plana analógica (essas geralmente foram fabricadas antes de 2010) precisa adquirir um aparelho conversor e uma antena UHF. Já quem já tem TV digital (ou seja, um aparelho de TV que já vem com o conversor embutido), basta apenas comprar uma antena UHF e conectá-la ao televisor. “É importante apontar a antena doméstica em direção à antena local da cidade, que transmite os canais de TV, e fazer a busca de canais, para garantir a recepção do maior número possível de canais”, aconselha a especialista.

Por outro lado, se você tem televisão por assinatura, não precisa se preocupar porque não vai ficar sem TV. Deisy alerta apenas para um detalhe: “Algumas operadoras que transmitem o sinal de TV paga não incluem a programação local em sua grade. Assim, famílias que fazem questão de acompanhar a grade de programação local (como os jornais da região) precisam entrar em contato com as suas respectivas operadoras para verificarem isso e não ficarem sem os programas favoritos. Nesse caso, se a televisão for analógica, é preciso também conectá-la a um conversor e a uma antena UHF”.

É possível ficar sem televisão?

Quem tem acesso apenas ao sinal aberto e gratuito de televisão precisa se preparar para receber o sinal digital, caso contrário ficará sem ver TV. “Lembrando que o televisor pode ser utilizado logo que o conversor e antena UHF forem conectados a ele, e que o desligamento do sinal analógico não vai causar danos ou queimar o televisor”, reforça Deisy.

Portanto, se a sua cidade ainda não passou por essa mudança, fique de olho para se preparar. “Para mais esclarecimentos e para saber quando a sua cidade passará pela mudança, basta acessar o site sejadigital.com.br ou ligar para o canal de atendimento gratuito 147, de qualquer operadora de celular, telefone fixo ou orelhão”, finaliza.