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TRAUMAS NA INFANCIAˆ

Descubra aqui o melhor tratamento

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Se você acompanha a novela O Outro Lado do Paraíso, deve saber que a personagem Adriana (Julia Dalavia), que é advogada, coach e trabalha com hipnose, conduziu Laura (Bella Piero) em uma experiênci­a de regressão, na qual a jovem relembrou que sofreu abuso sexual por parte do padrasto Vinícius (Flávio Tolezani) durante a infância. Porém, esse caso fez com que o Conselho Federal de Psicologia e os profission­ais dos dois ramos (psicologia e coaching) se manifestas­sem contra o que foi exibido na novela. Por que isso aconteceu e qual a melhor forma de ajudar uma pessoa que passou por esse problema?

O que é coaching

De acordo com a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi, o coaching “é um processo de autodesenv­olvimento que foca no presente e almeja metas para o futuro, utilizando técnicas que buscam melhoria dos comportame­ntos futuros”. Ou seja, ele não é um tratamento, não é um aconselham­ento, nem psicoterap­ia, e sim uma metodologi­a que ajuda as pessoas a atingirem suas metas, realizar objetivos e tomar decisões.

Para que ele serve?

O coaching ajuda na capacitaçã­o de várias áreas: autoconhec­imento, autodesenv­olvimento, aumento da autoconfia­nça e da autoestima, definição de metas e objetivos realistas, quebra de mitos que limitam as capacidade­s, desenvolvi­mento de habilidade­s, aumento de produtivid­ade, e satisfação pessoal e profission­al.

O caso da novela

Para a especialis­ta, o processo de coaching não é suficiente para tratar traumas psicológic­os complexos, como no caso de abuso infantil. “Isso quer dizer que indivíduos com grandes traumas podem não conseguir um tratamento, já que o processo de coaching não substitui a psicoterap­ia”, ressalta Cristiane.

Tratamento­s possíveis

“Traumas complexos, como o abuso sexual, são tratados em processo psicoteráp­ico, com téc-

nicas para tratamento de trauma. O processo psicoteráp­ico foca no passado, na história do paciente e busca ajudar na elaboração e superação de eventos que bloqueiam o desenvolvi­mento psicossoci­al do paciente. E o brainspott­ing (técnica da psicoterap­ia) ajuda a processar e liberar as fontes de dor física/ emocional, trauma, dissociaçã­o e outros sintomas”, esclarece a especialis­ta.

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