Malu

Alice Wegmann

A atriz fala sobre Onde Nascem os Fortes, a supersérie da Globo que estreia em 23 de abril

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A supersérie

“Ela é sobre seres humanos muito fortes. Contamos a história de Sertão, uma cidade que se torna uma grande personagem. Minha personagem, a Maria, é uma menina que vem de Recife junto com o irmão gêmeo, Nonato (Marco Pigossi), e adora fazer trilha de bicicleta. Nessa cidade, ela conhece o Hermano (Gabriel Leone) – um rapaz que trabalha como paleontólo­go –, se apaixona e passa uma noite com ele. No dia seguinte, ela sente um aperto no peito e acredita que algo aconteceu com o irmão dela, e de fato aconteceu, porque ele desaparece. A história é a saga da Maria tentando descobrir o que houve com o irmão, e tudo vai acontecend­o nessa cidade. Ela vai cruzando com personagen­s como Pedro Gouveia (Alexandre Nero) e Ramiro (Fábio Assunção).”

Convite para viver Maria

“Não tive tempo de preparação (risos). O José Luiz Villamarin (diretor) me ligou num sábado às 20h e, na segunda de manhã, eu já estava na Paraíba para começar a gravar. Foi um processo muito rápido e o mais difícil de todos na minha carreira. Mas, ao mesmo tempo, senti que já estava pronta. Temos tudo dentro de nós e vamos aflorando caracterís­ticas para cada personagem, mas nesse caso, eu já estava conectada com a Maria há muito tempo. Acho que ela tem uma força, o que me dá muito prazer.”

Estupro em cena

“Foi a cena mais emocionant­e e mais forte que já gravei em toda a minha vida. Infelizmen­te não posso contar muito, mas é um momento forte e propício para falar sobre esse tipo de coisa. O George Moura (autor) fala isso

de forma não muito didática e a força feminina está ali em todas as personagen­s, muito claras. Essa é uma cena que representa milhões de mulheres, e todas nós, em algum momento, já passamos por algo desconfort­ável. Eu passei por uma situação muito chata na qual me senti muito impotente. E essa cena da Maria mostra a força que ela tem.”

Sertão com fama de machista

“Acho que, na verdade, a sociedade inteira é machista. A gente vive isso todos os dias na pele, é um trabalho de formiguinh­a. É uma coisa que procuro me inteirar para poder falar sobre, é difícil. Temos que educar as pessoas e reeducar a sociedade: é todo um processo. Não que eu seja a mais educada do mundo para falar sobre isso, mas é uma construção. E a Maria será muito exemplar nesse sentido.”

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