Posse responsável
Dando continuidade ao tema, a veterinária Karin Botteon, da Boehringer Ingelheim, dá dicas sobre saúde e estética.
Pulgas, carrapatos e leishmaniose
Pulgas e carrapatos podem transmitir doenças aos cães e gatos. Portanto, a prevenção é a melhor estratégia, já que, “quando os parasitas se tornam visíveis, a infestação normalmente já está instalada e será de mais difícil controle”, informa. Os cães também devem ser protegidos contra picada de mosquitos. “A leishmaniose visceral, uma terrível zoonose causada por um protozoário (Leishmania), é transmitida pela picada do mosquito-palha ou birigui. O mosquito pica o cão, que é reservatório da doença, e depois pica a pessoa, efetuando a transmissão de um para o outro. Embora exista tratamento, a doença não tem cura e pode deixar sequelas nos animais infectados. Além disso, o custo do tratamento é alto e pode durar a vida toda do cão”, alerta.
Banhos
Devido à convivência tão próxima com seus tutores, os banhos são uma realidade na rotina dos animais de companhia. Mas é preciso levar em conta que a frequência muito alta de banhos pode prejudicar a saúde da pele e trazer problemas ao pet. Com exceção de banhos terapêuticos, indicados pelo médico veterinário para tratamento, uma frequência aceitável é a de intervalos quinzenais. “Cuidar da proteção dos ouvidos durante o banho também é importante para evitar que a água entre no conduto auditivo e ocasione problemas. O uso de produtos específicos para animais também é indicado, visto que a pele deles não é igual a nossa, tem o pH diferente e, portanto, pode sofrer irritações com o uso de produtos para seres humanos”, adverte.
Escovação
A escovação é sempre bem-vinda tanto para cães quanto para gatos, pois ajuda a eliminar os pelos mortos e diminui o acúmulo deles no ambiente, já que as trocas de pelagem são mais frequentes nos países tropicais, onde as estações do ano não são bem definidas. Os gatos, em especial, por terem o hábito de se lamber, tendem a engolir muitos pelos mortos, que podem se misturar a gorduras e alimentos e formar uma massa compacta, a famosa “bola de pelo”. “Essas bolas, eventualmente, podem ficar paradas no estômago ou intestino do bichano e trazer sérios problemas de saúde a ele. Portanto, a escovação é bastante benéfica para a espécie”, finaliza.